Lula (PT) e Bolsonaro (PL) travam disputa não apenas nos votos para a próxima eleição. Os entendedores de vinho se deparam com uma polêmica em boas taças: Afinal, qual dos dois candidatos leva a melhor quando têm seus nomes estampados em vinhos tão diferentes? “Lula” é rótulo de um californiano, enquanto “Bolsonaro” é chileno. De cara, o primeiro leva certa vantagem por ser um vinho de vinícola, da região de Anderson Valley, produzido por safras específicas. O Chardonnay 2020, por exemplo, se anuncia pelos “aromas e sabores florais delicados, acidez brilhante e um paladar longo e persistente”. Uma garrafa não custa menos que 271 reais. A sommelier Deise Novakoski já provou e é só elogios: “É uma delícia para frutos do mar. Juro! Sem piadinha nem trocadilho, especialmente lula frita. Tem Pinot Noir”, diz a VEJA. Já “Bolsonaro” é um vinho customizado, feito a partir de pedidos de importadores que apoiam o governo. Batizada de “Il Mito”, a linha conta com dois tintos (Cabernet Sauvignon e Carmenere), produzidos pela vinícola chilena Bodegas y Viñedo de Aguirre. Sai por 139 reais, cada. O espumante Brut “Bolsonaro”, produzido na Serra Gaúcha, harmoniza com aves, queijos, peixes e massas em geral. É mais em conta, 198 reais a garrafa. “Uma safra de 2017 feita especialmente para aqueles apaixonados pela nossa nação”, diz o slogan de venda.
Há também uma versão de “Lula” das vinícolas de Toscana, na Itália. Harmoniza com carne vermelha, cordeiro, vitela e aves. No site da importadora Vivino, é avaliado em 4,2 (nota máxima é 5). Este “Lula” europeu custa 39,67 euros, o que dá cerca de 204 reais. E circula na internet um vinho “Bolsonaro” também italiano. É outro caso de vinho customizado. Como algumas vinícolas permitem que sejam feitos pedidos personalizados de rótulos, simpatizantes de Bolsonaro fizeram o pedido à vinícola Aldegheri. Tanto que até Michelle Bolsonaro ganhou um rótulo para chamar de seu.
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