A 52ª edição do Emmy Internacional vai premiar na próxima segunda-feira, 25, algumas das produções que mais se destacaram na televisão em todo mundo no último ano. A TV Globo chegará com duas indicações, mas nenhuma na categoria do Emmy de Melhor Telenovela, categoria onde antes reinava entre as favoritas. Enquanto busca estratégias para recuperar o público que vem perdendo ao longo dos anos, a emissora perde espaço para produções de outros países em ascensão na área, como a Coreia do Sul, China e Turquia.
A Globo já conquistou sete estatuetas no quesito, sendo a última em 2020, com Órfãos da Terra, novela das 6 escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes. Para 2024, poderia concorrer com Amor Perfeito, de Duca Rachid e Júlio Fischer, o remake de Elas Por Elas, de Thereza Falcão e Alessandro Marson, Vai na Fé, de Rosane Svartman, Fuzuê, de Gustavo Reiz, e Terra e Paixão, de Paulo Sérgio Valle, César Augusto e Cláudio Noam. Porém, nenhuma das obras recebeu indicação. Vale lembrar que os folhetins vêm registrando recordes históricos de baixa audiência. Elas Por Elas, por exemplo, conseguiu ser a pior audiência da faixa desde a criação das novelas das 6, nos anos 1970.
A crise na produção audiovisual da TV aberta é assunto recorrente aqui na coluna GENTE, que destrincha junto a profissionais e pesquisadores os meandros dessa concorrência acirrada junto ao streaming.
A emissora brasileira disputa pelo prêmio de melhor ator, pela atuação de Julio Andrade na série do Globoplay Betinho: Fio da Navalha; e de melhor documentário, com Transa, do Futura. Enquanto isso, vê as novelas The Vow (Espanha), Rigo (Colômbia), Safir (Turquia) e Salón de té La Moderna (Espanha) concorrerem ao Emmy. Resta saber se as promessas da emissora, como o remake de Vale Tudo, adaptada por Manuela Dias, e as manobras para alavancar a audiência nas produções atuais, como feita no remake de Renascer, de Bruno Luperi, e agora em Mania de Você, de João Emanuel Carneiro, vão surtir efeito nos próximos anos.