Os destaques da Mostra de Cinema de São Paulo: de Cannes a Berlim
A 48ª edição começou nesta quinta-feira, 17, e vai até o dia 30
A 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começou nesta quinta-feira, 17, e vai até o dia 30. Com títulos inéditos, antes de entrarem no circuito comercial, traz longas premiados nos festivais de Berlim, Cannes e Veneza. A coluna GENTE seleciona alguns destaques na programação, que abrange 417 filmes de 82 países em 19 salas da capital.
O longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é escolha brasileira para vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025. Ele foi vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza e entrará em cartaz em 7 de novembro. Na Mostra ele teve sessões nesta sexta-feira, 18, e recebe mais uma neste sábado, 19, às 21h10, no Espaço Augusta. Ele retrata a trajetória da família Paiva: Eunice, a mãe, e seus cinco filhos, após Rubens ficar desaparecido durante a ditadura civil-militar do Brasil.
Outro brasileiro em destaque é Baby, de Marcelo Caetano, que tem parceria com França e Holanda. O título foi vencedor do prêmio de ator em ascensão para Ricardo Teodoro na Semana da Crítica do Festival de Cannes. Ele conta a história de Wellington (João Pedro Mariano), que assume o apelido do título quando é liberado da Fundação Casa e introduzido ao mundo dos garotos de programa por Ronaldo (Ricardo Teodoro), um veterano da profissão que ele conhece em um cinema pornográfico. O longa tem sessões no dia 24 e no dia 26 de outubro.
Aurora, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, é um filme dos Estados Unidos que acompanha uma jovem profissional do sexo do Brooklyn, que tem a chance de mudar de vida ao conhecer e se casar impulsivamente com o filho de um oligarca russo. Mas, assim que a notícia chega à Rússia, essa possibilidade é ameaçada. A obra terá sessões neste sábado, 19, às 21h10, no Reserva Cultural, na segunda-feira, 21; sexta-feira, 25; e terça-feira, 29.
Dahomey, título vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim, é uma parceria entre Senegal, Benim, França. O documentário reflete sobre o apagamento cultural promovida pelos europeus nos territórios africanos e a política de devolução de relíquias africanas promovida pelo governo de Emmanuel Macron. A obra acompanha a restauração de 26 artefatos do reino de Daomé (Dahomey) do Museu do Quai Branly, em Paris, ao seu país de origem, a atual República do Benin. Com sessões no domingo, 20, às 18h40, na Cinemateca. Na terça-feira, 22; e na quinta-feira, 24.
O Brutalista, vencedor dos prêmios da crítica e de melhor direção no Festival de Veneza, narra a jornada do arquiteto judeu nascido na Hungria László Tóth, que migra para os Estados Unidos em 1947. Inicialmente forçado a lidar com a pobreza, ele logo ganha um contrato que mudará a sua trajetória pelos próximos 30 anos. A produção do Reino Unido tem sessões na segunda-feira, 21, às 20h20, na Cinemateca; e no dia 26 de outubro.
Vermiglio se passa em 1944, na remota aldeia no norte da Itália, onde a Segunda Guerra Mundial paira como uma sombra constante, mas distante. A tranquilidade da vila é quebrada com a chegada de Pietro (Giuseppe De Domenico), um jovem soldado siciliano que busca refúgio após carregar seu ferido companheiro, Attilio (Santiago Fondevila), por uma longa jornada. O filme foi vencedor do grande prêmio do júri no Festival de Veneza e é uma parceria entre Itália, França, Bélgica. As sessões são neste domingo, 20, às 16h20, na Cinemateca; e na quinta-feira, 24.