Lançada em abril, a coleção de peças Le Musée, de Jean-Paul Gaultier, usa e abusa (mais abusa do que usa, a julgar pelas críticas) das figuras imortalizadas em O Nascimento de Vênus e A Primavera, obras-primas do italiano Sandro Botticelli (1445-1510). Faltou combinar com o museu: a grife está sendo processada pela Galeria Uffizi, de Florença, onde as pinturas estão expostas. “De acordo com o Código de Patrimônio Cultural, o uso de imagens de propriedades públicas italianas está sujeito a autorização específica e pagamento de uma taxa”, justifica a galeria. Gaultier, 70 anos, que não mais desenha as coleções da grife, não se manifestou.
Publicado em VEJA de 19 de outubro de 2022, edição nº 2811