O Fantástico deste domingo, 30, promove um encontro com três grandes artistas da cultura brasileira que juntos somam 259 anos de história: Tony Tornado, de 94 anos, Antônio Pitanga, de 85, e Zezé Motta, que acabou de completar 80 anos. Em um papo com a apresentadora Maju Coutinho, eles falam sobre arte, ancestralidade, e relembram papeis marcantes que fizeram na TV, no teatro e no cinema, como o filme Quilombo, de Cacá Diegues, que completou 40 anos agora em junho.
“Adoro ter feito aquele personagem, a Dandara. Tinha uma coisa interessante, que eu sou muito risonha, né? E aí foi o primeiro personagem que não sorria nunca. Então, foi um exercício bem bacana para mim”, diz Zezé. Tony também lembra que foi difícil para ele encenar o Ganga Zumba. “Por ser esse cara risonho e tal, o Cacá também me chamou e falou ‘olha, segura a pemba. Porque o Ganga Zumba é rei. Você precisa ter uma postura de rei’. Então, precisava de uma coisa com mais seriedade e eu tive que buscar isso”.
Pitanga diz que o filme foi uma das caminhadas mais bonitas de sua vida. “Eu sou daqueles que entendem o seguinte: há de contar a nossa história. Quando o Cacá foi fazer esse filme, me chamou para ser o diretor de elenco, assistente de direção. E saí pelo Brasil inteiro procurando o Ganga Zumba que eu tinha feito em 1963. Mas foi na Bahia que caiu a ficha. Tony Tornado foi uma imagem tão revolucionária, tão forte, que fez aquele Maracanãzinho superlotado em pé gritar”.
O encontro marca a estreia da série Negritudes, uma parceria com a Plataforma Negritudes Globo que busca trazer as narrativas negras para o centro da conversa.