Modelo e apresentadora nos anos 90 e 2000, Angelita Feijó, de 51 anos, começou o segundo ano da faculdade de direito e já trabalha na área: é estagiária de um escritório de advocacia criminal para atender mulheres vítimas de agressão de seus companheiros. Na entrevista a seguir, ela comenta a nova carreira:
Por que decidiu estudar nessa fase da vida? Aos 17 anos, prestei vestibular para direito — mas não passei. Então fui trabalhar como modelo, e deu muito certo. Anos depois, entrei no curso de jornalismo, mas meu namorado da época, ciumento, não me deixou prosseguir. Só agora consegui realizar esse sonho antigo.
Como se sente? Ampliando meus horizontes. Na sala de aula, tenho amigas de 20 e de 50 anos. Sinto orgulho de mim mesma em investir nessa minha busca por evolução pessoal e profissional. Sei que como advogada posso alçar novos voos e trabalhar na área até quando tiver mais de 80 anos.
A sua família apoia? As minhas filhas têm 30 e 6 anos, e elas estão adorando. Agradeço muito ao meu marido, o advogado Paulo Cunha Bueno. Existem homens que querem nos ver voar e realizar sonhos. Esse é o meu caso.
Publicado em VEJA de 12 de agosto de 2020, edição nº 2699