O fundador da igreja evangélica Bola de Neve, o pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, de 52 anos, conhecido como Apóstolo Rina, morreu em um acidente de moto no domingo, 18. Ele estava afastado de suas funções desde junho, após denúncias de agressão contra a esposa, a pastora e cantora gospel Denise Seixas. Durante o velório do pastor, realizado na sede da Igreja Bola de Neve, em São Paulo, na terça-feira, 19, houve confusão sobre a sucessão da liderança da instituição.
Denise, vice-presidente da congregação até então, teria recebido, ainda durante o velório, um documento de renúncia ao cargo de presidente, que assumiria automaticamente após o falecimento de Rinaldo. De acordo com testemunhas da página Fuxico Gospel, o documento foi apresentado por alguém ligado ao advogado da igreja em meio a outros papéis relacionados ao sepultamento do líder religioso. Denise percebeu a tentativa e recusou prontamente, o que gerou uma discussão intensa nos bastidores, com troca de empurrões em uma sala reservada à administração.
Após todo o mal-estar, a então vice-presidente se dirigiu ao salão principal e falou com os fiéis. No discurso, ela falou sobre momentos de dor e superação que enfrentou ao lado do apóstolo, descreveu as contribuições para o ministério e o impacto que causou na vida das pessoas. Além disso, ela afirmou que ele foi “o cara que eu mais amei na vida”.
A congregação evangélica, fundada em meados da década de 1990, tem unidades em mais de 30 países e ganhou destaque por sua abordagem que foge do tradicional. Com linguagem considerada descontraída, uma postura liberal quanto à vestimenta, piercings e tatuagens, com foco no público mais jovem. A igreja tem presença forte nas redes sociais e chegou a atrair celebridades convertidas como o surfista Gabriel Medina e a modelo Sasha Meneghel. Durante as eleições presidenciais de 2022 no Brasil, Rina foi um dos pastores que fez campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL).