Advogado dos filhos de Cid Moreira, Ângelo Carbone protocolou à Primeira Vara Criminal da Comarca de Petrópolis (RJ) análise de um perito que identificou assinaturas falsas do ex- apresentador do Jornal Nacional, falecido em 3 de outubro, em alguns documentos. Essa é mais uma etapa da briga pela herança deixada por Cid.
A coluna GENTE teve acesso com exclusividade ao laudo de 10 de novembro do parecer técnico grafotécnico anexado ao processo, assinado pelo perito Claudio da Silva Cordeiro. Diz o laudo técnico: “Com base nos resultados dos exames realizados e dos elementos tecnicamente analisados, este signatário conclui pela DIVERGÊNCIA caligráfica, entre as assinaturas apostas no (s) documento (s) questionado (s), trata-se de 01 (uma) página de nº. 15 da carteira de trabalho de Manoel Francisco De Lima e o termo de rescisão do contrato de trabalho, termo de aviso prévio, supostamente assinados pelo Sr. Cid Moreira, em seus caracteres gráficos morfogenéticos, comparados em relação às assinaturas padrões nos documentos anexos, termo de declaração (R.O) e documento do testamento que corresponde ao punho caligráfico do periciado”.
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Os herdeiros Roger Felipe Naumtchyk Moreira e Rodrigo Radenzev Simões Moreira, segundo consta nos autos, “tomaram conhecimento de que o pai não estava sendo bem cuidado pela esposa e que os funcionários de Cid haviam sido despedidos”. Eles também afirmam que “estranhavam as assinaturas de Cid nos seus documentos, informando que o próprio não sabia que seus funcionários tinham sido demitidos pela esposa”.
A partir daí, foi analisada a sequência de assinaturas de Cid apresentada por Fátima Sampaio em documentos diversos, e o perito constatou em parecer próprio que são falsas, ou seja, não partiram do punho do jornalista.
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Agora o advogado dos filhos pede que seja realizada nova perícia, com os especialistas da polícia grafotécnica para confirmar as falsidades identificadas e, caso comprovadas e que tenham sido produzidas pela viúva, que sejam tomadas as providencias legais, “bem como seja bloqueado o passaporte da viúva (uma vez que sua irmã mora no exterior) e instaurado procedimento criminal adequado a espécie”. A defesa de Fátima ainda não se manifestou.