Equipe de Bolsonaro tenta apoio aberto de astro para fazer frente à Anitta
Mas por enquanto o máximo que conseguiu foi selfie com os sertanejos de sempre
Depois do sacolejo de jovialidade que Anitta deu à candidatura de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) bem que tentou algo para fazer frente. E teria apelado para um nome que concentra popularidade ente gerações – uma rara unanimidade: o mais popular cantor do país, o rei Roberto Carlos. Ousado, claro. No já longínquo 2018, Roberto fez um raríssimo aceno a Bolsonaro, o que surpreendeu muita gente, visto que o Rei evita qualquer posicionamento político. Mas passados quase quatro anos e uma dolorosa pandemia, o cantor não pode nem ouvir falar no nome do presidente. Tanto que a ordem dada a pessoas próximas é nem se dar ao trabalho de responder à equipe do presidente.
Numa motociata, ainda no ano passado, em Florianópolis (SC), bolsonaristas compartilharam um vídeo com a música Verde e Amarelo, composta por Roberto em 1985, no fim da ditadura militar. “Não autorizei, não autorizo e não autorizarei”, afirmou o Rei através de sua assessoria de imprensa à época. Outro indício de que ele não apoia mais o presidente foi uma declaração dada durante uma coletiva de imprensa, em 2020: “Ele (Bolsonaro) está tendo muita dificuldade em realizar o que propôs. Eu torço para o Brasil”.
Aliás, não é dos melhores momentos de se procurar Roberto – que anda se zangando fácil fácil nos shows. Por enquanto, o máximo que Bolsonaro conseguiu foi garantir selfies com alguns sertanejos de outrora – como Amado Batista e Sérgio Reis, além de cantores nada unânimes no gosto popular, como o marombado Gusttavo Lima e duplas como Bruno e Marrone. Nenhum capaz de causar furor parecido a Anitta.