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Do luxo para a prisão: prédio de Baldy tem histórico de visitas da PF

Joesley Batista, Teodorín de Guiné Equatorial e Val Marchiori têm propriedades por lá

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2020, 12h44 - Publicado em 6 ago 2020, 10h03
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  • Um dos edifícios mais luxuosos do Brasil amanheceu nesta quinta-feira, 6, com uma visita da Polícia Federal. Foi do L’Essence Jardins, localizado na Rua Haddock Lobo, em São Paulo, onde a Polícia Federal cumpriu ordens de busca e apreensão e prendeu Alexandre Baldy, secretário de Transportes de João Doria. Ele foi preso a pedido do juiz Marcelo Breta em investigação que apura desvios de dinheiro da área da Saúde nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. 

    Baldy morava no local desde junho do ano passado, quando alugou um apartamento para vir com a família de Goiânia para a capital paulista. O prédio em questão é um conhecido endereço da Polícia Federal. Foi e lá que Joesley Batista, da JBS, saiu para a sua segunda prisão, em 2018 — ele estava hospedado na casa de seu pai, José Batista Sobrinho, que mora no prédio — e tem ao todo três apartamentos por lá.

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    Teodoro Obiang Mangue, o Teodorín, filho do ditador da Guiné Equatorial, é dono da cobertura tríplex do edifício. Ele foi alvo de busca e apreensão também, em 2015, no mesmo endereço. O homem chegou a mandar tirar alguns de seus doze carrões antes de a PF dar batida.  Avaliada em 70 milhões de reais, a cobertura de 1.320 metros quadrados está em nome da Nova Forma Soluções Imobiliárias S.A., com sede em Jundiaí. O síndico do prédio pediu a interrupção de uma reforma no tríplex. Teodorín queria, por exemplo, blindar todas as portas do imóvel, cujo condomínio é de 30.000 reais por mês, e causou estragos e rachaduras na estrutura no apartamento de baixo.

    A socialite Val Marchiori também mora por lá e, no governo do PT, ela esteve no noticiário policial quando fez um empréstimo no Banco do Brasil, quando o seu amigo Aldemir Bendine presidia a instituição. Recentemente, o executivo foi condenado a seis anos e oito meses de prisão por corrupção passiva pela Lava Jato.

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    No prédio, circula a piada entre os moradores de que a PF deveria alugar um imóvel no local para economizar combustível — já que com recorrência alguma ação por ali é realizada. Outra piada: trata-se de um edifício apartidário, cujos moradores já foram implicados em investigações que atravessaram os governos de partidos variados. Moram por lá também os empresários Meyer Nigri (da Tecnisa) e Rosy Verdi (da Rodobens), entre muitos outros pesos-pesados do PIB.

    Importante: após a publicação desta nota, Val Marchiori procurou a redação, por meio de sua advogada Katia Antunes, para reiterar que Bendine não foi condenado por ter concedido nenhum empréstimo e que ela não responde por nenhuma ação criminal.

     

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