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Cardiologista alerta para perigo do excesso de energéticos no Carnaval

 Atique Gabriel, que também é nutrólogo, diz que uso da bebida pode causar alucinações e até morte

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 fev 2024, 12h00

Nesta época do ano, o consumo de energéticos costuma extrapolar os limites aceitáveis. Com o propósito de se ganhar mais disposição, muitas vezes são consumidos em misturas com bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, dando resultados que o organismo não suporta. Os energéticos compõem o grupo de bebidas que contêm cafeína, com ou sem ingredientes adicionais e estimulantes como o açúcar, guaraná, taurina e L-carnitina. O cardiologista e nutrólogo Atique Gabriel explica à coluna os riscos da ingestão sem limites dos energéticos.

“Os defensores destas bebidas, entre eles os fabricantes, advogam que melhoram o nível de atenção, o estado de alerta, a concentração e, consequentemente, favorecem o desempenho intelectual e o rendimento físico. Quantos de nós já usamos estas bebidas para não dormir no volante e para passar uma noite em claro? A questão é que existe limite tênue entre efeitos positivos e o lado obscuro destas bebidas. Somos individualmente diferentes em inúmeras facetas. Qual a quantidade segura? Que componentes podem mais causar efeitos colaterais? Não existe resposta-padrão e, por este motivo, a moderação é mandatória. O lado obscuro pode ser testemunhado nas emergências médicas. Cada vez mais pessoas procuram este tipo de serviço, após uma ingesta robusta e apresentando sintomas eminentemente cardiovasculares e neurológicos: taquicardia, dor no peito, falta de ar se somam a crises de ansiedade, pânico, pensamentos suicidas e delírios. Não bastasse esta desfiguração, podem apresentar sinais de desidratação e alterações no funcionamento dos rins. Em síntese, o lado obscuro pode eventualmente ser prenúncio de infarto fulminante, derrame cerebral e atitude mental descontrolada”.

Pesquisadores italianos das Universidades de Roma e Pisa realizaram uma revisão sistemática em 2023, abordando o lado obscuro das bebidas energéticas e apresentando o “ranking” dos efeitos colaterais nos principais órgãos do corpo.

Porcentagem de complicações globais por órgãos:

– Cardiovasculares: 48%

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– Neurológicas: 26%

– Gastrointestinais: 14%

– Renais: 8%

– Ginecológicas: 2.3 %

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– Dermatológicas: 2.3%

Porcentagem de complicações cardiovasculares:

– Arritmias: 41.5%

– Parada cardíaca: 15%

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– Infarto do coração: 12%

– Morte: 7%

Porcentagem de complicações neurológicas:

– Eventos psicóticos(*): 40%

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– Convulsão: 27%

– Distúrbios da visão: 9%

– Derrame cerebral: 4,5%

– Ansiedade e agitação: 4,5%

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(*) alucinações, delírios e pensamentos desorganizados

Como cada pessoa tem seus limites e sua reatividade a este tipo de bebida, o médico alerta para que não se consuma por modismo, por influência de redes sociais ou para ser agradável a outras pessoas. “Consulte um médico para lhe orientar que bebida energética seria mais propícia, qual dose, que marca e com qual periodicidade. Não abusem da sorte”, diz ele.

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