Sempre entusiasta das coisas da natureza, a nutricionista e cozinheira Bela Gil exibiu em julho, em seu programa Bela Raízes, a participação dela em um ritual indígena que incluiu o consumo de chá de ayahuasca — uma das “melhores experiências” de sua vida. O Ministério da Justiça não perdoou: mudou a classificação etária de “livre” para “não recomendado para menores de 12 anos”. Tomar o chá alucinógeno é permitido em rituais espirituais, mas o ministério, em sua justificativa, alega que Bela não estava ali na condição de indígena e ainda por cima cometeu “uma valorização de conteúdo negativo”. Gerente-geral do canal Futura, onde o programa é exibido, João Alegria evita polêmica: “É comum que existam diferentes pontos de vista sobre essas questões”.
Com Jana Sampaio
Publicado em VEJA de 14 de agosto de 2019, edição nº 2647