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A triatleta que usou o esporte para financiar ‘Nada de Novo no Front’

Também roteirista, Lesley Paterson fala à coluna como usou o esporte para produzir o filme

Por Pedro Cardoni 13 mar 2023, 18h15

De competição, a escocesa Lesley Paterson entende como poucos. Aos 42 anos, a roteirista de Nada de Novo no Front, que levou quatro Oscars na premiação deste domingo, 12, é triatleta profissional, treinadora de triatlo, roteirista e produtora de cinema. Ela venceu os Campeonatos Mundiais de Triatlo XTERRA de 2011, 2012 e 2018, bem como as edições de 2012 e 2018 do Campeonato Mundial de Triatlo Cross. Em conversa com VEJA, Lesley falou como competiu no triatlo para financiar seu drama cinematográfico – ela ganhou 6.500 dólares, que usou para completar a taxa de renovação dos direitos autorais da história (que custou entre 10 e 15 mil dólares), cuja primeira versão chegou aos cinemas em 1930. A saga particular vale um novo filme, que já vem ganhando sondagens.

Para financiar seu novo filme, Nada de Novo no Front, você participou (e ganhou) de uma competição de triatlo com o ombro quebrado. Como foi a experiência? Fiquei arrasada no dia que quebrei o ombro, mas sempre gosto de enfrentar as adversidades. Adoro ser o azarão, especialmente sendo escocesa, então gosto do desafio, mesmo que tenha sido muito doloroso. Completar o nado com o ombro quebrado foi a coisa mais difícil de lidar, a bicicleta já foi mais fácil, mas ainda assim um desafio porque eu estava 12 minutos atrás. Eu só tive gratidão por aceitar o desafio e não ser derrotada pelas circunstâncias.

Como roteirista premiada e campeã mundial de triatlo, em algum momento as suas duas carreiras se cruzam? A resistência, a durabilidade, a persistência e a tolerância à adversidade me ajudaram muito em meus esforços criativos e eu desenvolvi isso desde muito jovem. O esporte, o movimento rítmico e a sensação de estar na natureza me fazem acessar a parte da criatividade do meu cérebro. Muitas das minhas ideias surgem quando estou treinando.

O romance Nada de Novo no Front já teve uma adaptação ganhadora do Oscar de Melhor Filme em 1930. O que a motivou para fazer um novo filme da mesma história? Na década de 1930, a tecnologia era limitada e essa era uma versão muito americana do romance. Para mim, o mais importante era o contexto histórico: como a Primeira Guerra Mundial levou à Segunda Guerra Mundial. Assim, o enredo com a negociação do armistício e as últimas seis horas de conflito são importantes para a mensagem da temática do filme. 

A senhora teve algum contato com o romance antes de começar a trabalhar com o roteiro? Eu o li no ensino médio, ele me tocou bastante. A maior coisa que me atraiu foi a traição da geração jovem pelo alto escalão, porque eu sou da Escócia e lá temos uma mentalidade de luta contra os poderes constituídos. Além disso, também contar a história pelo lado do “inimigo”, entender o outro lado sempre foi uma parte importante da minha vida.

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O filme ganhou 4 Oscars e  7 BAFTAS, incluindo o de Melhor Roteiro Adaptado. O esforço valeu a pena? Ganhar os prêmios foi incrível e minha mãe também pode comparecer, o que deixou a experiência tão alegre, porque você sente que todo aquele trabalho duro valeu a pena. Fomos o “azarão” da noite, mas de um jeito bom. Foi uma honra.

Quais os próximos passos? Sua própria história renderia um roteiro? Estou animada para as oportunidades que virão. Já têm pessoas oferecendo usar minha própria história como roteiro.

 

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