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A peça que pretende resgatar vozes da negritude na MPB

Um bate-papo com a cantora e atriz Bárbara Sut, do espetáculo ‘Vozes Negras - A Força do Canto Feminino’, que chega a São Paulo

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jun 2022, 13h00

Após sucesso nos palcos cariocas, chega em São Paulo nesta quinta-feira, 30, o espetáculo Vozes Negras – A Força do Canto Feminino, que homenageia grandes divas da chamada “Música Preta Brasileira”. A cada semana, um espetáculo diferente, voltado a nomes como Elizeth Cardoso, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Margareth Menezes, Elza Soares, Sandra de Sá, Iza, Tati Quebra Barraco e entre outras. A atriz e cantora Bárbara Sut dá voz a Alaíde Costa, Carmem Costa e Ludmilla. No elenco também estão Analu Pimenta, Ester Freitas, Roberta Ribeiro, Vanessa Brown e a apresentadora Verônica Bonfim. A seguir, um bate-papo com Bárbara sobre o desafio musical:

Qual é a importância de se fazer um espetáculo sobre vozes negras do país no atual contexto?

É urgente que a gente veja cada vez mais negras e negros em posições de prestígio, de destaque, que por tanto tempo foram negadas. Especialmente se estes tiverem suas vivências humanizadas nas narrativas. É essencial que se torne comum. Há um apagamento contínuo de nossas contribuições históricas em todas as áreas, um embranquecimento de nossos heróis. Nesse espetáculo, homenageamos vozes importantes por suas realizações na música e chamamos ao palco outras vozes igualmente relevantes que estão pensando o Brasil. Que essas iniciativas agucem o olhar crítico do público para valorizar participações e protagonismos negros em outras áreas de atuação.

Elizeth Cardoso, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Iza, Tati Quebra Barraco, Elza Soares e Alcione… O que seria o ponto em comum entre elas todas?

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É interessante porque até o quarto programa, quase todas as cantoras têm um início profissional em comum: passaram pelo programa de calouros do Ary Barroso. Mas o ponto em comum entre todas é justamente a forma como apresentaram algo particular em suas vozes. Todas conseguiram cantar de forma autêntica. É triste perceber que todas também tiveram vidas impactadas pelo racismo de diferentes formas.

Entre tantas, qual você destaca como a que mais tem a ver com sua história? Por quê?

Acredito que a Alaíde Costa, que interpreto no terceiro programa. Estou muito animada para conhecê-la na temporada. Temos características vocais parecidas e quando penso no meu repertório autoral, percebo relações poéticas com as músicas que ela escolheu cantar. Também me identifico com a forma como ela se posiciona frente às opressões que enfrentou.

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Acha que a MPB ainda é muito “branca”?

Essa é uma pergunta que exige uma resposta complexa, muitos pontos poderiam ser levantados. Acredito que uma das principais questões é que muitos artistas não chegam ao grande público, especialmente em gêneros como a MPB, que hoje não é tão popular. Essa é a relevância de um projeto como o Vozes Negras: apresentar artistas negras, músicas, gêneros para que, a partir desse fio condutor, valorizar nossas potencias. Nós, mulheres negras, estamos, sim, conquistando novos espaços, e sendo reconhecidas, não só na música, mas estamos longe de uma situação de igualdade.

SERVIÇO: Temporada Vozes Negras – A força do canto feminino / Local: Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista – São Paulo/SP. Temporada: 30 de junho a 7 de agosto. Quinta-feira, sexta-feira, sábado: 20h30 e domingo: 17h / Ingressos: A partir de 25 reais (meia).

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