Último mês: Veja por apenas 4,00/mês

VEJA Eleições EUA

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Bastidores e curiosidades da disputa entre Kamala Harris e Donald Trump
Continua após publicidade

A matemática da Pensilvânia

Por que o estado, microcosmo econômico e demográfico dos EUA, virou chave da eleição – e muito provavelmente quem vencer lá será o futuro presidente

Por Da Redação
Atualizado em 2 out 2024, 15h24 - Publicado em 2 out 2024, 14h50
  • Seguir materia Seguindo materia
  • ewewew
    Filadélfia, uma das cidades grandes do Estado: centro urbano democrata e franja rural republicana Aerial still image of Philadelphia's skyline on an overcast sunset in Fall. (Getty/Getty Images)

    É bom ir se acostumando com uma expressão em inglês : os “swing states”. São os estados pêndulos, como se convencionou chamá-los em português. Neles, o resultados das eleições americanas são imprevisíveis, oram tombam para o lado do Partido Democrata, ora caem no colo do Partido Republicano. Nenhum deles é tão crucial quanto a Pensilvânia, dona de 19 votos no Colégio Eleitoral de 538 representantes. Parece pouco, nem é tanto, na ponta do lápis, mas a história tem mostrado que é bom vencer por lá, se a ideia é chegar à Casa Branca.

    Não por acaso, a emissora de televisão ABC levou o debate presidencial entre Donald Trump e Kamala Harris para a Filadélfia, metrópole do estado. Foi lá, aliás, na pequena cidade de Butler, que Trump sofreu o atentado em 13 de julho. Boa parte da verba de campanha democrata é dirigida para a Pensilvânia. E foi Pittsburgh, aliás, o local escolhido para o anúncio com pompa e circunstância do plano econômico da vice que pretende assumir o Salão Oval.

    BUTLER, PENNSYLVANIA - JULY 13: Republican presidential candidate former President Donald Trump is rushed offstage during a rally on July 13, 2024 in Butler, Pennsylvania. (Photo by Anna Moneymaker/Getty Images)
    Trump: o atentado em julho foi em Butler, cidade da Pensilvânia (Anna Moneymaker/Getty Images)

    A região, ressalve-se, é um microcosmo dos Estados Unidos – com um centro urbano de simpatia com o democratas e franjas rurais adeptas do ideário republicano. É briga boa, cuja toada influencia eleitores de áreas próximas e que, numa linha do tempo de outros pleitos, revela a mágica do winner takes it all pelas bandas de lá.

    Os motivos de tanto interesse:

    Continua após a publicidade

         1. A Pensilvânia tem mais votos no Colégio Eleitoral – os 19 de sua conta – do que qualquer outro estado pêndulo. Das 12 últimas eleições presidenciais, em 10 oportunidades o vencedor no Estado foi eleito presidente.

         2. Nas últimas oito eleições, quem ganhou na Pensilvânia levou também Michigan e Wisconsin, o que resulta em um total de 44 nomes no Colégio Eleitoral, atalho para a vitória em 5 de novembro.

         3. Segundo cálculo do analista político Nate Silver, que erra muito pouco, caso Trump arraste a Pensilvânia, ele tem 96% de chance de volta à Casa Branca. Harris, um pouquinho menos: 91%. E como estão as pesquisas? Apertadíssimas. Na média de pesquisas, ela tem uma vantagem de escassos 0,6 pontos no estado. Contudo, em alguns levantamentos chega a ficar até mais de 3 pontos atrás dele. Ou seja: jogo aberto.

         4. E daí? Daí que o perfil demográfico faz tudo ficar ainda mais embolado. Mais de 75% da população da Pensilvânia é de brancos não-hispânicos – grupo que tende a apoiar Trump. No entanto, em 2020 Joe Biden saiu na frente com margem mínima, de pouco mais de 1,1%, o equivalente a 85 000 pessoas, e Harris pretende mantê-la. Biden, ressalve-se, nasceu em Scranton, na Pensilvânia

    Continua após a publicidade

         5. Detalhe crucial: nenhum democrata comemorou a presidência sem ter a Pensilvânia desde 1948. E outro: Trump foi o primeiro republicano a amealhar o Estado desde a década de 1980.

         6. Mas, afinal de contas, por que tanto nervosismo com a Pensilvânia. Os cálculos de álgebra ajudam a entender a toada. Se Trump conseguir todos os estados de 2020 e a Pensilvânia, ele teria 235 + 19 = 253. Insuficiente. Porém, se atrair também a Geórgia, onde perdeu por margem mínima para Biden, soma outros 16 eleitores, faz 270 e vence.

    Ou seja, tudo somado: olho vivo na Pensilvânia. Em um comício de 1802, celebração de sua chegada ao poder, Thomas Jefferson a definiu como “pedra angular da união federal”. O estado, na época de independência, em 1776, estava no centro geográfico das 13 colônias originais, com seis ao sul e seis ao norte. É centralidade, chamemos assim, que ainda ecoa.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.