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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Vai haver segundo turno? Pergunte aos eleitores de Ciro

Pesquisa Genial/Quaest mostra que ciristas podem decidir vitória de Lula

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jun 2022, 12h02

A pesquisa Genial/Quaest mostrando Lula da Silva com 53% dos votos válidos no primeiro turno (47% incluindo votos brancos e nulos) coloca na mesa a grande pergunta que vai mover a política até o início da propaganda em rádio e TV, em meados de agosto: haverá segundo turno?

Pelos dados da Genial/Quaest, Lula teria hoje intenções de votos suficientes para vencer no primeiro turno. Um dos recortes da pesquisa Genial/Quaest mostra que se isso vai acontecer ou não depende dos eleitores de Ciro Gomes.

Perguntados se aceitariam votar em Lula para derrotar Jair Bolsonaro já no primeiro turno, 38% dos eleitores de Ciro Gomes responderam que sim. Isso daria 3% em votos válidos, o suficiente para assegurar uma vantagem confortável para uma vitória lulista.

Outras duas perguntas da pesquisa comprovam a simpatia dos eleitores de Ciro com Lula. Questionados a comparar o que tinham mais medo, da continuidade de um governo Bolsonaro ou da volta do PT ao poder, 49% dos eleitores de Ciro disseram temer a reeleição do presidente. Em outro item, 34% dos atuais eleitores de Ciro disseram que sua segunda opção de voto era Lula, ante 19% de Bolsonaro.

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Candidato a presidente pela quarta vez, Ciro Gomes apostou sua carreira na avaliação correta de que existe um nicho grande de eleitores que rejeitavam tanto Lula quanto Bolsonaro. De fato, no final do ano passado um quarto dos entrevistados da Genial/Quaest diziam preferir a vitória de um candidato nem-Bolsonaro-nem-Lula. O problema é que esses eleitores estão à direita do espectro ideológico representados por Ciro Gomes. Com o espaço da esquerda dominado por Lula, Ciro nunca engrenou nesta campanha.

O candidato tem, justificadamente, rejeitado as insinuações de desistir, até pelo seu ódio recente ao ex-aliado Lula, mas o movimento do eleitor não é controlável. Em 2014, os eleitores de Marina Silva abandonaram a candidata em favor de Aécio Neves na última semana do primeiro turno, enquanto em 2018 candidatos como Geraldo Alckmin e João Amoêdo foram esvaziados na campanha de voto útil a favor de Bolsonaro. Vai haver segundo turno nesta eleição? Pergunte aos eleitores de Ciro. Se eles se mantiverem fiéis ao seu candidato, a possibilidade de uma disputa Lula e Bolsonaro aumenta exponencialmente.

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