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Nova Temporada

Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Jackie Cooper (1922-2011)

O ator, diretor e produtor faleceu no dia 3 de maio, aos 88 anos, após uma breve enfermidade. Vindo de uma família de artistas, Jackie Cooper iniciou sua carreira ainda criança, como figurante em filmes. Ao longo dos anos, conseguiu se estabelecer como criança prodígio. Cresceu e se tornou um profissional respeitável no meio, transpondo […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 16h21 - Publicado em 4 Maio 2011, 23h28

O ator, diretor e produtor faleceu no dia 3 de maio, aos 88 anos, após uma breve enfermidade. Vindo de uma família de artistas, Jackie Cooper iniciou sua carreira ainda criança, como figurante em filmes. Ao longo dos anos, conseguiu se estabelecer como criança prodígio. Cresceu e se tornou um profissional respeitável no meio, transpondo a barreira entre a fase infantil e a adulta.

Jackie Cooper na década de 1930

Nascido no dia 15 de setembro de 1922, Jackie estreou no cinema em plena depressão econômica, no ano de 1929. Foi visto em dezenas de curtas metragens dos filmes “Our Gang”, na época do cinema mudo, estrelando em 1931 seu primeiro longa: “Skippy”, dirigido por seu tio, Norman Taurog.

Aos nove anos de idade, o filme lhe deu sua única indicação ao Oscar, tornando-o o ator mais jovem a receber essa honra da Academia de Cinema.  Astro da noite para o dia, Jackie foi visto em outras produções cinematográficas ao longo da década de 1930 e 1940, entre elas, a primeira versão de “O Campeão”.

Interrompeu sua carreira para servir na Marinha durante a 2ª Guerra Mundial. Quando chegou na TV, nos anos de 1950, tinha 27 anos de idade e já era considerado um veterano consagrado pela indústria.

Jackie em “The People’s Choice”

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Começou fazendo participações em teleteatros, mas logo ganhou sua própria série: “The People’s Choice”, produzida entre 1955 e 1958. A sitcom da NBC girava em torno de Socrates Miller (Cooper), um agente imobiliário, que também era vereador. Lutando pelos interesses dos mais necessitados, ele enfrentava a oposição, incluindo a do prefeito, que calhava ser o pai da mulher por quem ele era apaixonado.

Foi com essa série que ele iniciou uma carreira de diretor, a qual inclui vários episódios de “Mash”, pela qual ganhou o Emmy, “Arquivo Confidencial”, “Demônios do Ar”, “Quincy”, “Contragolpe”, “Na Mira do Tira”, “Cagney & Lacey”, “Carga Dupla” e “Jake e McCabe”, além de episódios isolados de “Mary Tyler Moore”, “Hospital”, “Casal McMillan” e “Holmes e Yo-Yo”.

Entre 1959 e 1962, Jackie estrelou “Hennesey”, série na qual ele interpretava um médico da marinha. Embora o termo ainda não fosse utilizado na época, a trama era quase uma dramédia. Divulgada como sitcom, a história apresentava momentos cômicos e situações dramáticas. Também foi uma das poucas sitcoms da época a não utilizar risadas. A produção gerou uma spinoff: “Mrs. G Goes to College”.

Jackie em “Hennessey”

Em 1975, ele estrelou sua última série, “Mobile One”, na qual interpretou um jornalista investigativo. A partir da década de 1960, Jackie passou a fazer participações em séries, entre elas “Além da Imaginação”, “Havaí 5-0″, “McCloud”, “Columbo”, “Têmpera de Aço”, “The FBI”, “Kojak”, “Hec Ramsey”, “O Homem Invisível”, “Os Novos Centuriões”, “Arquivo Confidencial” e “Assassinato por Escrito”, entre outras.

Ainda na década de 1960, Cooper também trabalhou como um dos diretores de desenvolvimento de conteúdo da Screem Gems, produtora subsidiária da Columbia Pictures Television. Ao longo de cinco anos, foi responsável por selecionar projetos que seriam oferecidos aos canais de TV, entre eles, “A Feiticeira”, “Hazel”, “Gidget”, “A Noviça Voadora”, “Jeannie é um Gênio” e “Nossa Vida com Mamãe/The Donna Reed Show”, bem como a novela “Days of Our Lives”. Também foi nesse período que ele recebeu sua Estrela na Calçada da Fama.

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Como Perry White nos filmes do Superman dos anos de 1980

Apesar de sua longa carreira, o ator é mais lembrado pelas novas gerações por seu trabalho nos filmes “Superman”, estrelados por Christopher Reeve, nos quais interpretou Perry White, editor do Planeta Diário.

Jackie foi casado três vezes. A primeira entre 1944 e 1949, com June Horne, com quem teve um filho, John; a segunda com Hildy Parks, entre 1950 e 1954; e a terceira com Barbara Rae Kraus, entre 1954 e 2009, com quem teve três filhos, dois deles já falecidos. Os dois primeiros casamentos terminaram em divórcio; o terceiro durou até a morte da esposa.

Quando ela ficou doente, no final da década de 1980, Jackie decidiu se afastar da carreira artística. Aos 67 anos, o ator se considerava aposentado. Apesar de ter passado 64 anos vivendo no meio da indústria do entretenimento, ele não a considerava seu lar, chegando ao ponto de se opor ostensivamente que os filhos se tornassem atores. Nos anos seguintes, dedicou-se a treinar cavalos de corrida.

Em 1982, Jackie publicou sua autobiografia: “Please Don’t Shoot My Dog“, título que seria uma referência às ameaças de seu tio, o diretor do filme “Skippy”, de matar seu cachorro caso ele não chorasse em determinadas cenas do filme.

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