The Chosen e mais: 3 séries com Jesus para ver na Netflix durante a Páscoa
Produções imaginam de forma criativa e ousada a vida de Cristo no passado e na atualidade
Data em que se celebra o renascimento de Jesus — após morrer crucificado, a Páscoa iniciada nesta Sexta da Paixão, 29, é uma ótima oportunidade para assistir a séries que mostrem o Cristo. A retratação da figura tem um apelo forte com fiéis do mundo todo desde o polêmico A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson, que se propõe a ser tão fiel às Escrituras que é falado em aramaico, latim e hebraico, e não economizou na violência gráfica da crucificação. Só na Netflix, três produções recentemente feitas são ousadas ao reimaginar a trajetória do messias e ainda fazem barulho entre católicos e evangélicos. Confira quais são elas:
The Chosen: Os Escolhidos
Com quatro temporadas e um sucesso com o público religioso, The Chosen abusa de liberdade criativa para mostrar como seria a vida das pessoas ao redor de Jesus — sendo o próprio retratado com um toque extra de humanidade. Os escolhidos do título nada mais são do que os integrantes da comitiva de peregrinação nas igrejas, e na série ganham personalidades mais palpáveis do que as descritas na Bíblia, como o discípulo Mateus, um coletor de impostos. Ele deixa de ser visto como ganancioso para se encaixar no que parece ser um espectro autista — por essa razão, ele sentiria segurança ao seguir regras bem definidas, caso da Lei Romana.
O Eleito
A minissérie acompanha a história de Jodie (Bobby Luhnow), um garoto americano de 12 anos que realiza os mesmos milagres de Cristo, como fazer uma pessoa paraplégica voltar a andar e transformar água em vinho. Ao ser tratado como nova encarnação de Jesus, o adolescente demora a assimilar e a aceitar seus “poderes” — mas, quando os abraça, toma rumos um tanto questionáveis.
Messiah
Em dez episódios, o protagonista Al-Masih (Mehdi Dehbi) é um líder espiritual com ares de Jesus que surge durante a Guerra da Síria. Como se fosse um refugiado, ele conduz árabes à fronteira de Israel, causando um dilema geopolítico. Na vida real, a série fez barulho e irritou autoridades da Jordânia, onde parte da trama foi gravada, que censurou a exibição de Messiah, sob acusação de ofender a fé muçulmana por um detalhe capcioso: a trama provocativa de colocar um árabe na pele do suposto Messias, mas o nome do personagem causou furor — pois o Anticristo do Islã também se chama Masih. O imbróglio culminou no cancelamento da promissora produção, que ficou sem uma segunda temporada ou desfecho (a Netflix utilizou o período incerto da pandemia como desculpa).
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