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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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O segredo oculto que fez a série ‘The Last Of Us’ ser tão elogiada

Produção da HBO encerrou sua primeira temporada como um sucesso inegável de crítica e público

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 mar 2023, 18h08 - Publicado em 13 mar 2023, 08h00

Quebrando a tal “maldição das adaptações de videogames” – crise que acompanha produções de qualidade duvidosa advinda dos jogos virtuais –, The Last of Us se tornou um hit de audiência e boas críticas ao trazer para as telas a realidade pós-apocalíptica do famoso game de mesmo nome. O segredo da qualidade da produção, que chegou ao fim neste domingo, 12, vai além da boa química entre os protagonistas Pedro Pascal e Bella Ramsey, ou do orçamento altíssimo despendido pela HBO. A mágica de The Last of Us aconteceu graças a uma boa sacada de seus criadores, Neil Druckmann e Craig Mazin: a dupla escolheu a dedo os diretores de cada episódio, um elenco de nomes diverso e em alta no cenário do cinema independente – e cada um com uma estética própria, adequada para as tramas apresentadas nos capítulos, com começo, meio e fim. 

Os dois últimos e impactantes episódios da série foram conduzidos pelo cineasta iraniano Ali Abbasi, que recentemente entrou para o shortlist do Oscar de filmes internacionais com o marcante Holy Spider (disponível no Mubi). Abbasi vem se revelando um diretor com olhar afiado para nuances ao retratar temas complexos e duros – à exemplo da série, ele amaciou o público antes de expor o canibalismo e os assédios do vilão no oitavo e penúltimo episódio. 

Scott Shepherd é o vilão canibal do oitavo episódio da série The Last of Us, da HBO -
Scott Shepherd é o vilão canibal do oitavo episódio da série ‘The Last of Us’, da HBO  (//Divulgação)

Na mesma linha, a cineasta e roteirista bósnia Jasmila Žbanić foi a eleita para dirigir o sexto capítulo, intitulado Kin – no qual Joel (Pascal) e Ellie (Bela) encontram o refúgio do irmão do protagonista, em um clima de faroeste e acerto de contas. Jasmila concorreu ao Oscar com o intenso Quo Vadis, Aida?, drama sobre uma tradutora da ONU em cenário de guerra. Assim como no filme, na série, a cineasta esbanja enquadramentos íntimos de seus personagens e foca em questões femininas pouco ditas em tramas apocalípticas – por exemplo, como as mulheres lidam com a menstruação no fim do mundo? 

Ellie é apresentada ao coletor menstrual em 'The Last of Us' sob direção de cineastas bósnia -
Ellie é apresentada ao coletor menstrual em ‘The Last of Us’ sob direção de cineasta bósnia (//Divulgação)

Uma mulher foi também a eleita para conduzir um dos episódios mais ternos da série: a diretora americana Liza Johnson, que conduz Left Behind, o sétimo capítulo, sobre uma noite de diversão entre Ellie e sua melhor amiga e crush Riley (vivida pela ótima Storm Reid). Liza é afeita a dramas com poucos personagens, bons diálogos e enquadramentos que mostram tudo o que não é dito. 

Ellie (Bella Ramsey) e Riley (Storm Reid) em The Last of Us -
Ellie (Bella Ramsey) e Riley (Storm Reid) em “The Last of Us’ (//Divulgação)

Completando o combo, alguns especialistas no mundo das séries também usaram sua expertise em The Last of Us: Peter Hoar, de It’s a Sin, série da HBO sobre a homoafetividade na era da aids, foi o responsável pelo belíssimo terceiro episódio no qual um casal gay é retratado com delicadeza extrema; enquanto o americano Jeremy Webb, com passagens por cenas intensas de ação em The Umbrella Academy e O Justiceiro, por exemplo, cravou momentos emocionantes no quarto episódio, Please Hold to My Hand, no qual Joel e Ellie fogem de forma alucinante de Kansas City. Que a mesma qualidade e boas escolhas do time por trás das câmeras venham na segunda temporada. 

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