Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
Continua após publicidade

O que esperar da HBO Max, novo titã do streaming que chega ao país

Plataformas se impõem como a regra na indústria do entretenimento — e investem na máxima “quanto mais, melhor” em seus catálogos

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h33 - Publicado em 25 jun 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • MENU VARIADO - Atrações da nova HBO Max, em sentido horário: 'Game of Thrones', 'Friends: The Reunion', jogo da Champions League e as produções originais 'Raised by Wolves', 'Let Them All Talk' e 'The Flight Attendant' -
    MENU VARIADO - Atrações da nova HBO Max, em sentido horário: 'Game of Thrones', 'Friends: The Reunion', jogo da Champions League e as produções originais 'Raised by Wolves', 'Let Them All Talk' e 'The Flight Attendant' - (Fotos Warner Media/.)

    “É uma guerra”, bradava, em 1983, o jornal The New York Times. A batalha em questão colocava de um lado estúdios de Hollywood e, do outro, um canal a cabo que se revelava uma ameaça na disputa por espectadores. Batizado então de Home Box Office, e hoje conhecido por HBO, o canal somava 12 milhões de assinantes nos Estados Unidos, atraía profissionais da área para a produção de filmes exclusivos e era o destino favorito de longas que nos cinemas faziam pouca bilheteria, mas encontravam audiência qualificada na TV. Ironicamente, em um futuro não muito distante, parte da fórmula que fez da HBO o pesadelo dos poderosos da indústria seria usada para destroná-la pela Netflix, a empresa que abruptamente revolucionou o setor ao impor o streaming como regra.

    A guerra mudou e a HBO não fugiu da batalha: na terça 29, desembarca no Brasil a plataforma HBO Max, um ano após seu lançamento nos Estados Unidos balançar um setor hoje hiperconcorrido. Chega assim ao streaming a casa de séries que de fato merecem o desgastado adjetivo “icônico” — de Família Soprano e Sex and the City às recentes Game of Thrones e Succession, a HBO se estabeleceu como grife de qualidade na TV. Seus títulos ousados, amparados por orçamentos estonteantes e uma dose extra de sexo e violência (o que rendeu a piada It’s not porn, it’s HBO — Não é pornô, é HBO), atraíram o público adulto de alto poder aquisitivo.

    + Compre o livro A Regra é Não Ter Regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção

    Parecia natural que a emissora espelhasse sua fórmula de nicho no streaming. Mas os humores do mercado ditaram outro caminho. Pesquisa da empresa de dados Statista mostra que a principal razão que leva os americanos a assinarem mais de uma plataforma é a variedade de títulos. A lógica vem fomentando uma busca por parcerias e fusões. É a máxima “quanto mais, melhor”. Assim, a HBO Max promete 10 000 horas de conteúdo: para além de Game of Thrones e programas originais, fazem parte do pacote títulos infantis da Cartoon Network e a transmissão dos jogos da Uefa Champions League. Outro reforço são os filmes da Warner Bros., como a saga Harry Potter e os heróis da DC. O novo modelo de negócio ainda vai encurtar para 35 dias a janela entre a estreia dos longas do estúdio nos cinemas e sua chegada à plataforma. “O Brasil é estratégico para a expansão do streaming”, disse a VEJA Luis Duran, gerente-geral da HBO Max na América Latina.

    Continua após a publicidade

    + Compre o livro O jeito Disney de encantar os clientes

    O serviço chega aqui a preços mensais a partir de 19,90 reais e o potencial de crescimento é amplo. “Estimamos que sete em cada dez lares não têm uma assinatura de streaming. Queremos ocupar esses lares”, afirma Duran. Hoje, o HBO Go, serviço que abriga as produções do canal e que vai migrar para a versão Max, é o quinto streaming mais acessado por pagantes no país — atrás de Netflix, Amazon Prime Video, YouTube Premium e Disney+. No mundo, o setor do vídeo sob demanda bateu, no ano passado, 1 bilhão de assinantes e estima-se que vá alcançar, em 2025, a receita anual de 100 bilhões de dólares.

    + Compre o livro A Guerra dos Tronos: As Crônicas de Gelo e Fogo, volume 1

    Continua após a publicidade

    Não à toa, os antigos titãs do entretenimento acabaram sugados pelos gigantes da tecnologia. A Time Warner, conglomerado que unia HBO e o estúdio Warner, foi adquirida em 2018 pela empresa de telecomunicação AT&T por 108 bilhões de dólares, resultando na HBO Max — que, semanas atrás, se fundiu com o grupo Discovery. Recentemente, a Amazon comprou a MGM, casa de James Bond e Rocky, por 8,5 bilhões de dólares. O catálogo do estúdio, maioral nos tempos áureos de Hollywood, vai reforçar as opções do Prime Video com 4 000 filmes e 17 000 programas de TV — curiosamente, os clássicos da MGM anteriores a 1986, como Dançando na Chuva e O Mágico de Oz, já eram da Warner e não estarão na Amazon, mas na HBO Max. Em agosto, o Brasil ainda recebe o Star+, outro streaming da Disney, voltado ao público adulto. A plataforma vai transmitir conteúdo esportivo ao vivo da ESPN. Não se sabe qual serviço ganhará a guerra — mas o streaming, sem dúvida, já triunfou.

    Publicado em VEJA de 30 de junho de 2021, edição nº 2744

    CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

    Bolão de apostas: quais séries vão levar a melhor no Emmy 2024Bolão de apostas: quais séries vão levar a melhor no Emmy 2024
    A Regra é Não Ter Regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção
    Bolão de apostas: quais séries vão levar a melhor no Emmy 2024Bolão de apostas: quais séries vão levar a melhor no Emmy 2024
    O jeito Disney de encantar os clientes
    Bolão de apostas: quais séries vão levar a melhor no Emmy 2024Bolão de apostas: quais séries vão levar a melhor no Emmy 2024
    A Guerra dos Tronos: As Crônicas de Gelo e Fogo, volume 1
    logo-veja-amazon-loja

    *A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.