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O outro assassinato real abordado em ‘Monstros – Irmãos Menendez’

A atriz Dominique Dunne, filha do jornalista Dominick Dunne (vivido por Nathan Lane na série da Netflix), foi assassinada pelo namorado

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2024, 09h00
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  • Nathan Lane como o personagem Dominick Dunne na minissérie 'Monstros - Irmãos Menendez'
    Nathan Lane como o personagem Dominick Dunne na minissérie 'Monstros - Irmãos Menendez'  (Reprodução/Netflix)

    Monstros — Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais narra dramaticamente a história de Lyle (Nicholas Alexander Chavez) e Erik Menendez (Cooper Koch), jovens que assassinaram os pais, José (Javier Bardem) e Kitty (Chloë Sevign) na mansão da família milionária em Beverly Hills, e que cumprem a pena de prisão perpétua, sem direito a condicional, até hoje. A série da Netflix, porém, também aborda outro crime real que abalou Los Angeles alguns anos antes do caso Menendez: o assassinato da atriz Dominique Dunne (Jett Wilder), filha do jornalista Dominick Dunne, interpretado na produção pelo ator Nathan Lane.

    Na vida real, John, um sous chef de um restaurante badalado, e Dominique, atriz que começava a se destacar na indústria após estrelar o filme de terror Poltergeist, começaram a namorar em 1981, após se conhecerem em uma festa. Pouco tempo depois, os dois foram morar juntos, e ele começou a apresentar comportamentos abusivos, batendo em Dominique, inclusive arrancando tufos de seu cabelo. Após uma série de términos e reconciliações, em 30 de outubro de 1982, após mais uma discussão, John estrangulou a namorada por cinco minutos, a deixando em coma, com morte cerebral, por dias. A família da jovem autorizou que desligassem os aparelhos que a mantinham viva em 4 de novembro e depois doaram seus órgãos.

    Sweeney foi preso em flagrante e acusado de assassinato. Quando o caso foi a julgamento no início de agosto de 1983, havia novas evidências contra ele. Os investigadores descobriram que entre 1977 e 1980, John havia vivido outro relacionamento em que batia na namorada, uma secretária chamada Lillian Pierce, espancada pelo menos dez vezes. O promotor do caso tentou incluir o testemunho de Lillian, mas o juiz Burton S. Katz foi convencido pelo advogado de defesa, Michael Adelson, de que rejeitasse a testemunha, já que era muito prejudicial ao réu.

    A defesa usou como tese que John matou Dominique no “calor da paixão” e pintou a vítima como uma mulher que enganou o assassino, dando falsas esperanças de um futuro feliz. O júri, então, considerou John culpado de homicídio culposo voluntário, o que acarreta uma pena máxima de seis anos de prisão — enquanto a promotoria lutava por uma condenação por homicídio de segundo grau (não premeditado), que daria uma pena mínima de quinze anos de prisão. 

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    Pai de Dominique, Dominick Dunne era um escritor e produtor de Hollywood. Após a morte da filha, ele começou a escrever artigos sobre as falhas do sistema judicial, publicando sobre o caso na Vanity Fair. Depois, ele cobriu outros julgamentos como os dos irmãos Menendez, que foram a julgamento em 1996, sete anos após eles matarem os pais.

    O sétimo episódio da série mostra o dia em que foi lido o veredito de John Thomas Sweeney (interpretado por Neil Vincent Smith), que recebeu uma sentença de três anos e meio de prisão, e a revolta tocante do pai de Dominique, Dominick Dunne (Nathan Lane). A VEJA, Lane lamentou a dor enfrentada pela família da vida real. “Aquele episódio mergulha na história de Dominick, começando com a leitura do veredicto do homem que assassinou a filha dele. O que a família do Dominick enfrentou naquele julgamento, a forma como aquela família foi tratada durante o julgamento foi horrível, quão humilhante foi tudo o que eles passaram”, disse o ator. 

    “E o assassino, John Thomas Sweeney, acabou cumprindo apenas três anos e meio e logo depois estava trabalhando em um restaurante em Santa Monica. A série mostrou como aquele foi o momento decisivo que uniu aquela família nesta circunstância trágica e depois como isso afetaria o Dominick para o resto de sua vida e seu ponto de vista sobre o sistema de justiça, e tudo isso o levou profissionalmente a escrever este primeiro artigo sobre Dominique para a Vanity Fair, o que para mim foi o mais interessante porque é realmente a base para tudo que ele fez depois”, concluiu.

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