A terceira temporada de Lupin chegou à Netflix na quinta-feira, 5, trazendo de volta para as telas as aventuras do ladrão francês. Na nova fase da produção, o protagonista retorna à Paris para convencer a esposa e o filho a participarem de um grande assalto que lhes permitiria deixar para trás a França e os problemas e crimes que a vingança perseguida por Assane Diop (Omas Sy), o Lupin, causaram à família. Inspirado pelas histórias de Maurice Le Blanc, a trama popularizou o personagem francês, mas o que poucos sabem é que o ladrão de casaca tem um relação curiosa com um detetive famoso: o Sherlock Holmes.
Criado em 1905 por Maurice Leblanc, Lupin é uma espécie de Sherlock Holmes às avessas. Sua primeira aparição foi no conto A Detenção de Arsène Lupin, encomendado pela revista Je Sais Tout justamente como uma resposta ao sucesso do detetive inglês. Ao contrário de Holmes, o francês não estava interessado em combater crimes, mas em cometê-los da maneira mais rocambolesca possível.
A disputa com Holmes era tão escancarada que Leblanc chegou a introduzir o famoso detetive em um de seus livros, onde o ladrão sempre levava a melhor. A aparição levou Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock, a entrar na Justiça para impedir que Le Blanc usasse o nome de seu personagem. Nessa disputa, o britânico saiu vencedor. A solução do francês foi mudar o nome do investigador para um nada sutil Herlock Sholmes — e seguir se divertindo com a briga de gato e rato entre Lupin e Sholmes. Sempre, é claro, com o triunfo do ladrão ao final.
Os produtores da série, inclusive, não descartaram que Sholmes faça uma aparição na trama no futuro. Enquanto isso não acontece, a produção insere menções e referencias à dupla ao longo dos episódios, como o livro de Le Blanc que Assane dá ao filho na segunda parte da produção, Arsène Lupin contra Herlock Sholmes.