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Tela Plana Por Kelly Miyashiro Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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A preparação de Carol Castro para viver Kat, a madame falida de ‘Maldivas’

Depois de diversas novelas na Globo, atriz surfa na onda do streaming em séries da Netflix e do Star+

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jun 2022, 12h26
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  • Sucesso no Brasil, Maldivas estreou na Netflix na semana passada e se tornou a série mais vista da plataforma no país quase instantaneamente. Mistura de suspense com comédia, a produção nacional leva à vitrine mundial algumas atrizes brasileiras famosas por seus trabalhos na Globo, como Bruna Marquezine e Carol Castro, ambas estreantes na TV com a novela Mulheres Apaixonadas, lançada pela emissora lá em 2003. Com um mercado cada vez mais competitivo, a Globo tem mudado seu modelo de negócio, trocando os contratos de longo prazo por contratações por obra. Enquanto isso, atores e atrizes da emissora estão surfando na onda do streaming. Em entrevista a VEJA, Carol Castro, 38 anos, fala dessas experiências recentes e como tem se adaptado aos novos tempos.

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    Em Maldivas, você interpreta uma mulher rica e falida, quando o marido é pego em um caso de corrupção. Encontrou algo nessa personagem que de alguma forma se relacione com você para criar uma empatia por ela? Eu acho que seria esse lado mais centrado dela, que é o lado mãe, que, apesar de ela ser essa mãe cansada, falida, que não aguenta mais porque o marido tá lá o dia inteiro dentro de casa com aquela tornozeleira, mas também não ajuda… Opa, usei a palavra que prometi não usar. Ele é um pai que não participa, porque o pai não tem que ajudar, o pai tem que participar. A nomenclatura é outra. Então, ela tem esse lado ‘leoa’ de mãe. Apesar de ser muito atrapalhada, ela tem um lado centrado para ser mãe de duas crianças. Eu vivo uma realidade diferente da dela, sou separada do pai da minha filha. Então a gente tem que educar juntos, mas longe um do outro no sentido que não estamos ali todos os dias discutindo sobre a educação, então eu acho que eu me identifico com esse lado materno que não é um mar de rosas e nada simples.

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    Como foram os bastidores da série? A gente se divertia muito, eu dividia camarim com a Vanessa Gerbelli, que eu já conhecia muito. Foi bom conviver de novo com Bruna, que começou na mesma novela [Mulheres Apaixonadas, de 2003] que eu, ela com oito e eu com dezoito, e foi ótimo reencontrar a Sheron. Manu e Natalia eu não conhecia pessoalmente e foram duas gratas surpresas, pessoas maravilhosas.

    Como foi esse processo de transição de participar de uma série brasileira produzida pela Netflix, algo distinto do seu trabalho até então na Globo? Eu já vinha buscando na minha carreira desafios e personagens difíceis, intensos e profundos. Insânia, com a Paula, caiu como uma luva porque era algo bem nesse lugar desafiador. A Netflix é uma plataforma que já tá aqui há mais tempo, já é mais conhecida, que tem esse alcance mundial. Para mim foi muito interessante quando eu recebi o convite e eu sabia pouquíssimo sobre a série, porque tem essa coisa do streaming de assinar carta de confidenciabilidade que você fica sabendo pouco da personagem. Eu só vibrei porque eu vi que era algo muito diferente do que eu tinha acabado de fazer em Insânia.

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    Foi uma guinada radical entre a policial ‘louca’ em Insânia e uma madame falida em Maldivas, certo?  Eu gosto justamente disso, de poder mostrar facetas completamente diferentes e viver personagens completamente diferentes e calhou que eu emendei o término de Insânia com Maldivas e foi uma virada assim de 360 graus, porque fiquei loira, coloquei unha, salto, biquíni, pose, viver de aparência e foi muito muito interessante. Poucas pessoas sabem, mas eu comecei a fazer teatro com nove anos, sou filha de ator, fiz cinema, depois eu fiz novela. Claro que a novela e a televisão têm esse esse poder projetar alguém tão rapidamente porque atinge tantos lares ao mesmo tempo. Eu consegui fazer teatro, então deu para ter outras experiências, mas eu acho que calhou com uma maturidade pessoal, uma quilometragem profissional de conseguir direcionar melhor as minhas escolhas e buscar os desafios que eu tava ansiando, que foi Insânia e Maldivas.

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    O que você avalia que tenha sido mais diferente entre fazer novela e série, ainda mais sabendo que são públicos distintos às vezes? A primeira diferença brutal é que quando você entra numa novela é uma obra aberta, você não  tem início, meio e fim. Você tem uma sinopse, um direcionamento, mas o próprio público participa muito, porque existem grupos de discussões. A novela vai aquecendo, aí vão vendo o que está dando certo, o que não está, e são meses produzindo. Já a série, o filme, já sabe onde vai dar. Muitas vezes, tem a liberdade, inclusive, de cocriar, como aconteceu comigo em Insânia e em Maldivas, de poder propor, opinar. Na novela já é diferente, porque não dá tempo disso, são gravadas 30 cenas por dia. Em Insânia eu tive uma preparação intensa de perita criminal, fui em locais de crimes reais, vi corpos de verdade no IML (Instituto Médico Legal). E em Maldivas tive esse tempo de entrosamento com as mulheres antes das filmagens.

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    Voltaria a fazer novelas? Eu acho o streaming sensacional. Eu não diria que não me vejo nunca mais fazendo uma novela, mas eu tô cada vez mais apaixonada por esse universo de fazer séries e filmes. Fiz os filmes Ninguém É de Ninguém, o Férias Trocadas. Me sinto colhendo muitas sementinhas que foram plantadas há muitos anos pelo tempo que eu tenho aí de chão e que agora talvez eu esteja no momento certo para mostrar essas minhas novas faces.

     

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