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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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A despedida grandiosa de ‘Succession’, o hit shakespeariano da HBO

Série enfim concluirá a intrincada disputa pelo poder na família Roy — aconteça o que acontecer, já é um marco da história da TV

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 11h13 - Publicado em 24 mar 2023, 06h00
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    O MANDACHUVA - Logan Roy: o patriarca insubstituível (Graeme Hunter/HBO)

    Entre as passagens mais conhecidas das peças de Shakespeare está a memorável frase do último ato de Ricardo III — nela, o rei da Inglaterra que dá título à obra grita desesperado: “Meu reino por um cavalo!”. Vulnerável no campo de batalha em razão da perda do animal, o monarca ironicamente oferece o trono que motivou o embate feroz a qualquer um que lhe der um novo cavalo — algo tão ínfimo, mas ali essencial para tentar sobreviver. “Ele usa todo tipo de estratagema para conseguir o que quer, até notar que essa obsessão pode se transformar em uma tragédia”, analisou o ator Jeremy Strong em entrevista a VEJA (leia mais aqui). Intérprete de Kendall Roy, um dos herdeiros da complicada família de ricaços que protagoniza Succession, o ator foi aconselhado pelo criador da série, Jesse Armstrong, a se inspirar em Ricardo III na quarta e última temporada — que estreia no domingo 26, às 22 horas, na HBO. “Não que a série vá seguir o mesmo caminho da peça, mas o clima dessa busca vã estará presente”, afirma, eximindo-se de qualquer chance de um spoiler inadvertido.

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    Ao longo das três soberbas temporadas anteriores, o patriarca da família Roy, Logan (o brilhante Brian Cox), e seus três filhos mais novos, Kendall, Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin), manipularam, mentiram, puxaram tapetes e destruíram reputações por um naco que fosse da megacorporação Waystar Royco, um conglomerado de mídia e entretenimento que inclui canais de TV, jornais, sites, estúdios de cinema e parques de diversão. Se a inspiração direta para o clã veio de famílias bilionárias — sendo a mais óbvia entre elas a do magnata Rupert Murdoch, dono da Fox News e do Wall Street Journal —, a força motriz de Succession reside numa alquimia simples, mas difícil de ser alcançada: a união de texto virtuoso e atores de altíssimo nível, que conseguem transformar o mais detestável dos seres em alguém digno de empatia. “O roteiro da série é tão bom que, mesmo quando os personagens não falam nada, há muito sendo dito nas entrelinhas”, disse a VEJA a atriz J. Smith-Cameron, intérprete da poderosa diretora jurídica Gerri.

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    Cria do teatro nova-iorquino, ela diz que o fato de todos os atores terem passagem pelos palcos ajuda a enriquecer a série. “Temos espaço para improvisar”, conta a atriz — foram ela e o colega Kieran Culkin, aliás, que começaram nos bastidores o hilário e inapropriado flerte entre Gerri e Roman. Os roteiristas gostaram da dinâmica e levaram a brincadeira para a série. A intimidade criada entre o elenco é tanta que, recentemente, o escocês Brian Cox, um habitué do teatro shakespeariano britânico, alfinetou em entrevista o método de atuação de Strong: o intérprete de Kendall é adepto do tal “mergulho sem rede” proposto pelo russo Stanislavski, no qual o ator entra de tal forma no personagem que é difícil separar um do outro. “Me preocupo com a saúde mental dele”, disse Cox, antes de arrematar: “É por isso que o resultado do que ele faz é tão incrível”.

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    Não à toa, Kendall é peça central do xadrez movido em Succession. Preparado para assumir as empresas com a aposentadoria do pai, ele foi preterido e até sabotado pelo patriarca, que se recusa a abandonar o trono. Ao fim da terceira temporada, Kendall está em cacos — quase se matou acidentalmente ao cair bêbado numa piscina. O embate constante com os irmãos ganhou uma trégua quando todos souberam que Logan estava negociando a venda da empresa sem avisá-los. O trio armou um golpe, mas o pai, como sempre, saiu por cima. A nova leva de episódios começa com o desenrolar dessa dinâmica: Logan está isolado dos três filhos, que tentam sair de sua sombra. Mas o patriarca é onipresente — e, nessa guerra pelo trono, ele vai brigar até o último minuto. Uma despedida à altura dos Roy.

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    Publicado em VEJA de 29 de março de 2023, edição nº 2834

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