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Sobre Palavras Por Sérgio Rodrigues Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
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Bombeiros explodem sua bomba

A bomba que deu origem à palavra da semana, bombeiro, é a máquina de bombear água usada pelos profissionais de combate a incêndios, anterior à bomba como artefato explosivo – aquilo que, metaforicamente, estourou no colo do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Recuando na história, vamos encontrar a primeira origem de bomba e […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 11h40 - Publicado em 11 jun 2011, 10h00
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  • A bomba que deu origem à palavra da semana, bombeiro, é a máquina de bombear água usada pelos profissionais de combate a incêndios, anterior à bomba como artefato explosivo – aquilo que, metaforicamente, estourou no colo do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

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    Recuando na história, vamos encontrar a primeira origem de bomba e bombeiro no grego bómbos, “estrondo seco, trovão”, uma palavra de origem onomatopaica, isto é, de imitação de um som natural. Ao migrar para o latim como bombus, o termo ganhou o sentido adicional de zumbido, além de explosão, e daí se espalhou pelo mundo: bombe (francês), bomba (italiano), bomb (inglês) etc.

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    Acredita-se que o português foi buscar a palavra no espanhol bomba. Tanto lá quanto aqui, a acepção de máquina de bombear água surgiu primeiro – em nosso idioma, foi registrada em 1567, enquanto a bomba explosiva teria que esperar mais alguns anos para estrear em 1572 num verso de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões:

    As bombas vêm de fogo, e juntamente
    As panelas sulfúreas tão danosas.

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    Segundo o Houaiss, a palavra bombeiro com a acepção de “membro de corporação que se destina a prestar socorro em casos de incêndio ou de sinistro” é de 1844, meio século depois de sua estreia em nossa língua com o sentido de encanador.

    O que a bomba dos bombeiros tem em comum com a bomba explosiva é, como se vê, apenas o fato de fazer um barulhão. Como diz o Houaiss: “Embora alguns etimologistas separem as acepções ligadas à arma e ao artefato hidráulico em entradas autônomas, o melhor é uni-las num verbete comum, por terem a mesma origem… em que subjaz a noção do ruído que provocam ao funcionar ou explodir”.

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