O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) perdeu seu principal palanque no Rio Grande do Sul após o anúncio de Ana Amélia Lemos (PP-RS) como candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
Com a aliança, o PP gaúcho desistiu de lançar Luis Carlos Heinze como candidato ao governo estadual, apoiando o candidato do PSDB ao governo, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite. Heinze disputará o Senado, já que Ana Amélia não tentará a reeleição. A coligação com o PSDB foi anunciada na convenção do PP na manhã deste sábado, 4, em Porto Alegre.
“Jair Messias Bolsonaro é meu amigo particular. Estou há cinco mandatos com ele [como colega no Congresso]. Tivemos que desfazer essa proposta [de aliança com o PSL no RS], tivemos que abandonar a candidatura ao governo do Rio Grande do Sul, o que me dói e muito, estávamos preparados”, disse Heinze durante a convenção do PP deste sábado. A plateia gritou “mito, mito” enquanto Heinze falava sobre Bolsonaro.
Antes de Ana Amélia confirmar que seria vice de Alckmin, o PP gaúcho havia oferecido seu palanque para Bolsonaro. Os partidos DEM, PSL e Pros apoiavam Heinze para governador. Sem Heinze, as legendas decidem quais serão os rumos a partir de agora, mas não devem seguir o PP. As legendas irão lançar a empresária Carmen Flores (PSL-RS) como candidata ao Senado.
Segundo pesquisa do Instituto Paraná, Bolsonaro é o preferido dos eleitores gaúchos para presidente. Já para governador, pesquisas mostram que os gaúchos preferem o atual governador José Ivo Sartori (MDB).
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