Consórcio vencedor estuda estacionamento subterrâneo para Mercado Público
Estudo que guiará futura gestão do espaço deve ficar pronto até o final do ano
O consórcio Mercado Público de Porto Alegre venceu o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), aberto pela prefeitura, para realizar estudo sobre a requalificação do tradicional espaço de comércio da capital gaúcha. O estudo contemplará a análise da viabilidade de um estacionamento subterrâneo para o Mercado Público. O consórcio vencedor é formado por Aloísio Zimmer Advogados Associados, Elemental Desenvolvimento Imobiliário e Concessões Ltda. e por Urbana Logística Ambiental do Brasil Ltda.
Segundo o advogado Aloísio Zimmer, do escritório que compõe o consórcio vencedor, o estacionamento é um dos elementos que auxiliariam a viabilidade econômica de uma nova gestão do espaço. O estudo que também contempla mudanças do espaço interno, como readequação das lojas, limpeza, segurança e iluminação, deve ficar pronto em três meses, antes do fim de 2018. Com o estudo em mãos, a prefeitura abrirá uma licitação para a gestão do Mercado Público.
Zimmer explica que a gestão do espaço por um ente privado não significa privatização do Mercado. “O equipamento continuará público e as lojas já são administradas por negócios privados. O que surgirá é um novo gestor que administrará o local e buscará seu ganho para investir no próprio Mercado. O tempo demonstrou que o município teve dificuldade de fazer essa função. Privatização seria tornar algo definitivamente privado”, esclarece o advogado.
O consórcio apresentou à prefeitura o conceito que propõe ao Mercado Público, que deve manter sua tradição, história e relação com a cidade. Além disso, o estudo irá analisar a oferta de mercadorias no local para que se diversifique os produtos.
O segundo andar do Mercado Público sofreu um incêndio em 2013. A reforma do espaço deve ficar pronta antes da licitação para a nova gestão. A expectativa é que, futuramente, o segundo andar concentre os restaurantes.
Atualmente, o Mercado Público custa cerca de 3 milhões de reais por ano aos cofres da prefeitura. O valor praticamente empata com a arrecadação a partir dos permissionários que operam no local.
No local, além de açougues, fruteiras e lojas de especiarias, há feiras de livros usados e discos. O prédio foi erguido em 1869, com projeto neoclássico do engenheiro alemão Frederico Heydtmann.
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