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Carlos Araújo, advogado e ex-marido de Dilma, morre aos 79

Advogado trabalhista e ex-deputado, Araújo estava internado no Hospital Santa Casa de Misericórdia, em porto Alegre

Por Paula Sperb
Atualizado em 12 ago 2017, 11h51 - Publicado em 12 ago 2017, 10h52
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  • O advogado trabalhista Carlos Araújo morreu aos 79 anos na madrugada deste sábado (12), às 00h01, no Hospital Santa Casa, em Porto Alegre. Araújo foi casado com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele foi internado em 25 de julho. Segundo o hospital, ele “era portador de doença pulmonar obstrutiva crônica, complicada por quadro de miocardiopatia dilatada isquêmica”. De acordo com o médico Sadi Schio, o quadro médico de Araújo “evoluiu com infecção generalizada, determinando colapso circulatório e, finalmente, refratariedade às medidas, com óbito”.

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    O velório será realizado na Assembleia Legislativa, das 15h às 21h. O corpo erá cremado em cerimônia privativa apenas com familiares e pessoas próximas.

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    Junto com Dilma, Araújo tinha dois netos e uma filha, Paula Rousseff Araújo, procuradora do trabalho em Porto Alegre.

    Araújo nasceu em São Francisco de Paula, município a 90 km da capital gaúcha, nos campos de cima da serra. Seu pai, também advogado, era um militante comunista que usava sua casa para reuniões secretas do partido.

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    Ele seguiu os passos do pai, mas rompeu com a sigla quando as violações aos direitos humanas praticadas na União Soviética sob o comando de Stálin vieram à tona com a divulgação do Relatório Khrushchov, em 1956.
    Quando era adolescente, em 1952, pichava muros com os dizeres “o petróleo é nosso”, com o objetivo de proteger a Petrobras, criada por Getúlio Vargas.

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    Durante a ditadura militar, Araújo ingressou na organização de esquerda VAR-Palmares. Em 1969, ele conheceu Dilma. Os dois militantes usavam codinomes para se protegerem. Ele era Max e Dilma era Estela. Tanto Araújo como Dilma foram presos e torturados. O advogado foi deputado estadual pelo PDT (1983-1995).

    Mesmo separados, Araújo era um conselheiro político de Dilma. Era na casa de Araújo, na zona sul da capital gaúcha, à beira do Guaíba, que a família se reunia nos finais de semana.

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    Leia abaixo a nota do Hospital Santa Casa de Misericórdia:

    “Com imenso pesar comunicamos o falecimento do Dr. Carlos Flanklin Paixão Araujo. O mesmo ocorreu ao primeiro minuto de hoje, 12 de agosto de 2017, na unidade de tratamento intensivo do Pavilhão Pereira Filho, hospital especializado em doenças respiratórias da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

    Aos 79 anos, era portador de doença pulmonar obstrutiva crônica, complicada por quadro de miocardiopatia dilatada isquêmica. Internou para manejo de descompensação das condições referidas.

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    Apresentou infecção de vias aéreas inferiores, com necessidade de admissão à unidade de terapia intensiva, uso de ventilação mecânica por insuficiência respiratória.

    Evoluiu com infecção generalizada, determinando colapso circulatório e, finalmente, refratariedade às medidas, com óbito.

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    Expressamos nossos sentimentos à família e amigos do ilustre advogado e político, perda inestimável e motivo de sofrimento para todos que o conheciam”.

    Sadi Marcelo Schio
    CRM 24880

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