Bolsonaro exige de Guedes que lhe consiga dinheiro para seu projeto eleitoreiro, mas os caminhos à disposição do ministro não são muito promissores.
Seu sonho, a CPMF, dificilmente passará, até porque Rodrigo Maia já avisou que fará o possível para derrotá-la, e, mesmo que passe, o dinheiro não poderá ser usado por causa do teto.
Guedes pode tentar a desvinculação das receitas, mas isso tomará tempo, e será difícil que o Congresso, sabendo que o presidente pretende usar o dinheiro da saúde e da educação para comprar voto, concorde.
A reforma administrativa está pronta, mas, Bolsonaro é contra, ainda mais agora, já que causará insatisfação entre os funcionários públicos, subtraindo votos ao candidato à reeleição.
Mesmo que Guedes consiga alguma receita extra, venha de CPMF ou de outro lugar, não poderá usá-la por causa do teto. E furar o teto derrubará os mercados, sem falar que Rodrigo Maia já avisou que, no que depender dele, isso não passa.
Por fim, há as pedaladas (cujo nome técnico é fraude fiscal), mas, mesmo que Guedes e/ou Campos concordem, o TCU já começou a se mexer para denunciar. E o precedente existente é que dá impeachment.
Como Bolsonaro não gosta de ser contrariado, tudo indica que a vida do ministro no futuro imediato não será fácil.