Flávio Bolsonaro adquiriu uma modesta choupana em Brasília. Tem 2.400 metros quadrados de terreno, 1.100 metros quadrados de área construída e saiu pela bagatela de seis milhões de reais. É quase quatro vezes o patrimônio que o bravo senador declarou em 2018. Pagou metade financiado em 30 anos e a outra metade, é de se supor, à vista.
Diante desse estupefaciente fato, três perguntas vêm à mente.
1. Quem foi o desvairado que aprovou financiar o que quer que seja para Flávio Bolsonaro?
2, Onde Flávio arrumou três milhões (mais do que seu patrimônio inteiro) para dar de entrada?
3. O que o Zero Um tem na cabeça para, logo depois que o STJ (aos 48 do segundo tempo, com gol de mão) permitiu que escapasse às garras dos procuradores no processo das rachadinhas, decidir dar essa sopa ao Ministério Público?
A resposta à primeira pergunta é óbvia: um banco público. Mais especificamente, o BRB, Banco de Brasília, cujo controlador, o Distrito Federal, é governado por Ibaneis Rocha, amigo de fé, irmão, camarada, de Jair Bolsonaro. E que, pelo jeito, tem tanto cuidado com a poupança de seus clientes quanto tem por sua saúde.
A resposta à segunda pergunta também é óbvia, todo mundo sabe qual é, mas não sou eu que vou escrever.
Por fim, a resposta à última pergunta é a certeza absoluta de que vai ficar por isso mesmo. Vamos torcer para o Zero Um estar enganado desta vez.