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Lula não percebe o mal que faz a si mesmo

É irônico como, ao insistir na ideologização da política externa, o presidente acaba se assemelhando a seu desafeto, Jair Bolsonaro

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2024, 17h53 - Publicado em 16 abr 2024, 17h31

No último sábado, o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones sobre a população civil de Israel. (Felizmente, foram todos destruídos.)

O Itamaraty soltou nota dizendo que “o governo acompanha com grave preocupação relatos de envio de drones e mísseis do Irã”.

Duas semanas antes, Israel fez um ataque localizado contra o consulado do Irã na Síria, que seria o quartel-general da Guarda Revolucionária Iraniana, exportadora de terrorismo. É fato conhecido que o Irã financia o Hamas e o Hezbollah, que estão fazendo ataques contra Israel.

Naquela ocasião, o Itamaraty soltou nota afirmando que “o governo brasileiro condena o ataque”.

A diferença é nítida.

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Em conjunto, as duas notas, formam uma espécie de resumão da política externa brasileira: quando quem erra são os Israel, EUA, Europa, a gente baixa o pau e Lula fala a respeito sem parar. Quando quem erra são as ditaduras de quem Lula gosta, a gente passa pano e Lula foge do assunto.

A guerra em Gaza é complexa e brutal, nenhum dos lados está certo e ambos devem ser duramente criticados. Mas nós só criticamos um.

E não é só sobre Gaza. A passação de pano é permanente não só para Hamas, Hezbollah e Irã, mas também para Putin, China, Cuba, Venezuela, Nicarágua etc.

Essa política externa só é boa para as ditaduras e os terroristas dos quais Lula gosta.

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Para o Brasil, é um desastre. Compromete a imagem de nosso país e de nosso presidente e deixa claro que não somos um aliado confiável. É irônico como, nesse aspecto, acaba se assemelhando a seu suposto antípoda, Jair Bolsonaro, que também hostilizava as democracias ocidentais (com exceção, naturalmente, dos EUA de Trump).

Lula também alimenta a polarização política e entrega de bandeja ao bolsonarismo um argumento difícil de rebater. E que é usado sem parar nas redes e será usado nas eleições.

Depois Lula dá bronca em seus ministros porque sua popularidade está caindo.

(Por Ricardo Rangel em 16/04/2024)

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