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Lula acertou. Mas é bom não exagerar no beicinho.

Agora é hora de deixar a diplomacia trabalhar

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 dez 2023, 15h12

Lula não foi a posse de Milei.

Fez bem. Afinal, Milei o xingou durante a campanha e festejou Bolsonaro, a quem convidou para a posse. Sem falar da saia justa que seria encontrar Bolsonaro e ainda amargar o tratamento VIP que lhe deu Milei.

Lula foi além. Esnobou a carta do então presidente eleito, que recebeu das mãos de sua chanceler, e nem sequer se dignou a enviar seu vice, Alckmin, para a posse. Milei teve que se contentar com a visita fria e protocolar de Mauro Vieira.

Até aí, jogo jogado.

Mas é bom Lula não exagerar no beicinho. Não se pode perder de vista que:

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  1. Lula tentou interferir diretamente na eleição argentina, fez o que pôde para impedir a vitória de Milei. Trata-se de um comportamento inaceitável por parte de qualquer chefe de Estado, que dirá do presidente de uma nação-irmã, que divide fronteira e é importantíssimo parceiro comercial.
  2. Quanto atacou Lula, Milei, por outro lado, era um cidadão privado: seu comportamento foi condenável por mais de um motivo, mas ele falava por si só, não por seu país. “Podemos fazer o diabo na hora da eleição, mas, no exercício do mandato, temos que nos respeitar, pois fomos eleitos pelo voto direto”, avisou Dilma. Ninguém se esquece do que a campanha petista, com o beneplácito de Lula, disse a respeito de Marina Silva na eleição de 2014.
  3. Bolsonaro, ao ajudar Milei, não teve a compostura que se espera de um ex-presidente, mas, a rigor, ele era um cidadão privado (sem falar, claro, que compostura é coisa que Bolsonaro nunca soube o que é). É natural que o agora presidente da Argentino o prestigie, mais ainda diante do que Lula fez contra ele.

Mas a eleição acabou, Milei ganhou, foi empossado e, para o bem ou para o mal, é o presidente da Argentina. É hora de botar a bola no chão e, logo que possível, fazer as pazes. Milei já enviou sinais de fumaça: Lula precisa permitir que a diplomacia brasileira crie o caminho para aceitá-los.

O Brasil e a Argentina são maiores do que os caprichos e as pirraças de seus presidentes de plantão.

(Por Ricardo Rangel em 11/12/2023)

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