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Thomas Traumann cai. Terá sido por bons ou por maus motivos? Tenho uma desconfiança…

Thomas Traumann não é mais ministro da Comunicação Social. Oficialmente, pediu demissão. Na verdade, foi demitido. Saiu citando Paulinho da Viola: “Vou imprimir novos rumos/ ao barco agitado que foi minha vida./ Fiz minhas velas ao mar,/ disse adeus sem chorar/ e estou de partida./ Todos os anos vividos/ são portos perdidos que eu deixo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h46 - Publicado em 25 mar 2015, 18h55
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  • Thomas Traumann não é mais ministro da Comunicação Social. Oficialmente, pediu demissão. Na verdade, foi demitido. Saiu citando Paulinho da Viola: “Vou imprimir novos rumos/ ao barco agitado que foi minha vida./ Fiz minhas velas ao mar,/ disse adeus sem chorar/ e estou de partida./ Todos os anos vividos/ são portos perdidos que eu deixo para trás. /Quero viver diferente,/ que a sorte da gente/ é a gente que faz”.

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    Citação razoável para uma causa ruim. Traumann foi demitido por seus próprios méritos. Poderia ser por bons motivos, mas creio que terá sido pelos maus. Isso não depõe a favor dele, mas contra o governo. Nota antes que continue: havia uma convocação para que ele falasse no Senado sobre o documento aloprado da Secom que veio a público. A convocação foi trocada por um convite. Que a demissão não o impeça de se explicar.

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    Agora os motivos. No tal documento, Traumann escreveu algumas irrelevâncias. Disse que há um “caos político” no país, o que é um óbvio exagero, e que o governo errou a mão na comunicação. Também reconheceu, em outras palavras, que é difícil haver bom trabalho nessa área quando o governo é ruim. Estou cantando e andando para essas coisas. Acho menos importante, embora relevante, até mesmo a admissão do uso de robôs na Internet. O que me interessa naquele documento é a admissão de que o governo comete crimes. E, claro!, não foi Traumann quem começou. Ele deu continuidade.

    Lá se admite que o governo recorre à mão de obra de mercenários, os blogs sujos, para fazer seu trabalho de difamação de adversários. Ou nos termos do texto: o Planalto fornece “munição” para ser “disparada” por “soldados de fora”. Mais: propõe-se abertamente que a Constituição seja violada e que a propaganda federal em São Paulo sirva para alavancar a popularidade de Fernando Haddad. E, finalmente, prega-se que estruturas do estado — Voz do Brasil e Agência Brasil — e instrumentos partidários (o blog da Dilma) estejam submetidos a um controle único.

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    Trata-se de práticas criminosas. Traumann sai. Quem entra no lugar? É claro que dá para piorar. Se saiu por bons motivos, Dilma porá no cargo alguém que vai dar um fim a essas delinquências políticas. Se caiu por maus motivos, só foi demitido porque revelou o que deveria ter ficado escondido.

    Vamos ficar vigilantes, não é? Cada vez mais está claro aos brasileiros que “a sorte da gente é a gente que faz”. É a novidade que está nas ruas e que o PT insiste em não enxergar. Que continue a não entender nada. É um bom caminho para a extinção.

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