Em ato contra a falta de verba para agricultura familiar, o modelo de commodities e a lentidão na reforma agrária, centenas de camponeses invadiram o ministério. Houve confusão, um segurança saiu ferido e duas portas de vidro foram estilhaçadas.
Revivendo cenas de depredação de 2006, até hoje sem punição, militantes queimaram em Açailândia (MA) toras de eucalipto da Vale. Mulheres do Movimento dos Sem-Terra – o protesto é inspirado no Dia Internacional da Mulher – ocuparam o porto da Aracruz e teriam danificado 2 mil toneladas de celulose. Em Porto Alegre (RS), o alvo foi uma área da Votorantim Celulose e Papel: 1,6 mil eucaliptos cortados.
Preocupado com a tensão no campo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, anunciou a criação de um fórum no Conselho Nacional de Justiça para acompanhar processos relativos à questão agrária. E a Justiça Federal bloqueou bens da Associação Nacional de Cooperação Agrícola, fachada legal do MST, que não teria comprovado o uso de R$ 3,8 milhões recebidos para alfabetização.