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Se invasores comunistas não deixarem escolas, 95 mil democratas não poderão fazer o Enem

Os prejudicados teriam de fazer o exame depois, o que custaria R$ 8,550 milhões. Cadê o Rodrigo Janot?

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h32 - Publicado em 20 out 2016, 06h59

O ministro da Educação, Mendonça Filho, concedeu uma entrevista nesta quarta e disse o óbvio: a invasão de escolas em 11 Estados pode comprometer a realização das provas do Enem para 95 mil estudantes. Há pelo menos 181 delas que devem abrigar o exame e que estão sob o império do arbítrio, imposto por ditadores das próprias convicções. No Brasil inteiro, há 8,6 milhões de inscritos.

O ministro deu um prazo até o dia 31 próximo para a devolução dos estabelecimentos ao estado democrático E de direito. Se isso não acontecer, os alunos que fariam os exames nessas escolas não poderão realizar as provas, que estão marcadas para os dias 5 e 6 de novembro. A situação mais grave é mesmo no Estado do Paraná, ao qual voltarei daqui a pouco.

Os eventuais prejudicados pelas invasões, disse o ministro, poderão fazer os exames depois. Mas cabe a pergunta: por quê? Com que direito esses brucutus impõem a sua vontade, a sua ideologia, a sua visão de mundo, os seus preconceitos e as determinações de seu partido à maioria dos estudantes?

O ministro afirmou que a Procuradoria-Geral da República estuda medidas jurídicas contra os responsáveis pelas invasões. É ver para crer. Até agora, salta aos olhos a omissão do Ministério Público Federal e dos respectivos Ministérios Públicos Estaduais de 11 Estados que têm escolas invadidas.

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O pretexto para tomar as unidades escolares é grotesco: cobrar que o governo retire a MP da reforma do Ensino Médio — que, atenção!, confere mais autonomia aos estudantes e institui o tempo integral no antigo segundo grau — e a PEC do Teto dos Gastos.

Reitere-se: não são estudantes secundaristas coisa nenhuma a comandar as invasões (já deixo isso claro em outro post). As decisões são tomadas por partidos políticos.

O que sabe essa gente sobre o corte de gastos? Que matemática tem na cabeça? Quais são seus pressupostos? Quais são os seus valores? Quais são as suas alternativas? Não há resposta para essas perguntas, é claro! O objetivo é invadir para tentar ver se o movimento ganha dimensão nacional e, assim, intimidar o governo.

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O objetivo, em suma, é fazer com que a ditadura da minoria de esquerda se imponha à maioria dos estudantes, que repudia essa gente.

É preciso que essas pessoas sejam responsabilizadas na esfera cível e criminal por suas escolhas. Se o governo tiver de realizar novas provas, isso custará R$ 90 por cabeça. Gasto adicional provocado pelos invasores: R$ 8.550.000,00. Sim, você leu direito: oito milhões, quinhentos e cinquenta mil reais.

Mas há o outro custo, este incalculável: o mal que essas invasões fazem aos estudantes e a seu futuro.

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Estou aguardando a decisão da Procuradoria-Geral da República. Alô, Rodrigo Janot: faça de conta que os invasores são o Eduardo Cunha. Assim, Vossa Excelência consegue dar agilidade a esse corpo mole.

Texto publicado originalmente às 21h09 desta quarta
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