Republicano que preside a Câmara dos Deputados apoia ataque à Síria
Na VEJA.com. Volto no próximo post: O presidente da Câmara dos Deputados nos Estados Unidos, o republicano John Boehner, afirmou nesta terça-feira que vai “apoiar o chamado do presidente por uma ação militar na Síria” e encorajou seus colegas deputados a fazerem o mesmo. A afirmação foi feita depois de um encontro com Barack Obama […]
Na VEJA.com. Volto no próximo post:
O presidente da Câmara dos Deputados nos Estados Unidos, o republicano John Boehner, afirmou nesta terça-feira que vai “apoiar o chamado do presidente por uma ação militar na Síria” e encorajou seus colegas deputados a fazerem o mesmo. A afirmação foi feita depois de um encontro com Barack Obama na Casa Branca, e dá ao democrata um aliado crucial na busca de votos no Congresso. “O uso dessas armas deve ter uma resposta. Somente os Estados Unidos têm como parar Assad e advertir outros ao redor do mundo que esse tipo de comportamento não será tolerado”, disse Boehner.
O líder da maioria, Eric Cantor, não tardou em seguir o presidente da Câmara e dizer que também apoia Obama. “Eu pretendo votar no sentido de dar ao presidente dos Estados Unidos a opção de usar a força militar na Síria”, disse, em comunicado, acrescentando que os EUA “têm um interesse de segurança nacional que obriga a responder ao uso de armas de destruição em massa, principalmente em um estado terrorista como a Síria, e a evitar mais instabilidade em uma região de vital interesse” para o governo americano.
A democrata Nancy Pelosi, líder da minoria na Câmara, disse que o ataque químico do dia 21 de agosto, que, segundo a Casa Branca, deixou mais de 1 400 mortos, “ultrapassou os limites de um comportamento civilizado”. Ela pontuou que a autorização do Congresso é algo positivo, apesar de não ser necessária. Afirmou ainda esperar que o povo americano “vai se convencer” da necessidade de intervenção. “O presidente Obama não escreveu a ‘linha vermelha’, a história escreveu este limite décadas atrás”, disse, referindo-se ao limite apontado por Obama para o conflito na Síria, que seria exatamente o uso de armas químicas.
Obama reuniu-se com lideranças parlamentares na Casa Branca, nesta terça, para buscar apoio para a ofensiva contra o regime do ditador Bashar Assad. No início do encontro, salientou que o plano de ação na Síria está dentro de uma “estratégia mais ampla” que prevê o fortalecimento da oposição. Ele voltou a ressaltar que a ação será “limitada, proporcional, e não envolve o envio de tropas”. “Isso não é o Iraque, não é o Afeganistão”.
Integrantes da Comissão de Relações Exteriores do Senado devem ouvir nesta terça o secretário de Estado, John Kerry, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o general Martin Dempsey sobre os planos de ação militar na Síria. A votação sobre o tema deverá ocorrer apenas na semana que vem. Na segunda, Obama e seu vice Joe Biden tiveram uma reunião com o senador John McCain, que faz parte da ala republicana favorável a uma ação militar. “Se o Congresso rejeitar uma resolução como esta, depois de o presidente ter expressado seu apoio, as consequências serão catastróficas”, disse McCain.
Divisão republicana
O voto no Congresso mostrará que lado do Partido Republicano tem vantagem nos debates – se a tradicional ala que defende o uso da força militar ou se o crescente bloco não intervencionista. As divisões entre os republicanos já foram demonstradas em relação ao uso de drones, ajuda ao Egito, e também sobre as operações de vigilância das agências de inteligência, destacou o New York Times.
Para os republicanos preocupados com a disputa eleitoral, as divisões internas sobre a Síria deveriam dar lugar a temas de maior interesse ao eleitorado americano, como impostos e gastos, por exemplo. “Mas a Síria também tem implicações importantes para a disputa presidencial em 2016. Quem quiser brigar pelo comando da Casa Branca terá de escolher entre as vontades dos ativistas do Tea Party, que se opõem a um ataque, e a vontade dos republicanos mais tradicionais, grupo que inclui alguns dos maiores doadores e apoiadores de Israel, com os quais os candidatos à Presidência estão geralmente alinhados”, explicou o jornal.
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