O mensalão se transformou ontem na principal arma da campanha de Leonardo Quintão (PMDB) na disputa contra Marcio Lacerda (PSB) pela Prefeitura de Belo Horizonte.
O peemedebista, pela primeira vez na eleição, acusou o adversário explicitamente de estar envolvido com o esquema de compra de apoio político e de pagamento de dívidas de campanha com verbas públicas. Lacerda, que nega qualquer participação no mensalão, classificou a conduta de “demonstração de desespero” e disse que vai processar Quintão.
Ontem, Leonardo Quintão comparou Lacerda a um “avião do tráfico de drogas”, dizendo que o adversário fez “contato com o crime” ao procurar o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para saldar dívida de campanha de Ciro Gomes (PSB).
Deputados estaduais do PMDB que têm assessorado Quintão no segundo turno incentivam a posição mais agressiva. O peemedebista também acusou o adversário de “arapongagem” e de “roubar” vídeo da convenção do PMDB em que Quintão disse que vai “chutar a bunda” dos adversários. Há duas semanas o vídeo é usado pela campanha de Lacerda.
A equipe de Quintão estuda ainda colocar nas inserções de rádio e televisão imagens do empresário Marcos Valério dizendo ter relações pessoais com Lacerda bem como ter repassado dinheiro a políticos hoje envolvidos na campanha do socialista. Já estão sendo distribuídos mais de 300 mil panfletos com a foto de Lacerda no centro de um “organograma” do esquema do mensalão.