PT promete enfiar a mão no seu bolso; com quem você pode contar?
Leia primeiro o post abaixo: Abaixo, há um post em que Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, fala sobre a importância da reforma política e defende o financiamento público de campanha, o voto em lista e a intensificação de plebiscitos e referendos para tornar a democracia mais, como posso dizer?, democrática. A experiência recente […]
Leia primeiro o post abaixo:
Abaixo, há um post em que Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, fala sobre a importância da reforma política e defende o financiamento público de campanha, o voto em lista e a intensificação de plebiscitos e referendos para tornar a democracia mais, como posso dizer?, democrática. A experiência recente na América Latina indica que esses mecanismos de “consulta popular” sempre foram usados contra a liberdade individual em nome do suposto interesse público — que acaba se resumindo aos interesses de grupos militantes. Adiante.
Uma parte da oposição, especialmente aquela que pretende se abrigar sob as asas do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez das tais reformas — também a tributária — o seu “Godot”, como já chamei aqui. Até que não se fale no assunto, então eles fecham o bico sobre o resto. E olhem que motivos não faltam para botar o dito-cujo no trombone! Nada! Faz-se um silêncio sepulcral. “É que as reformas vêm aí…”
Pois é… Talvez venham. E, como se vê, o maior partido do país quer enfiar a mão no nosso bolso para financiar as campanhas eleitorais, como se os partidos políticos já não custassem, entre fundo partidário e horário político na TV, mais de R$ 500 milhões — em ano não-eleitoral; quando há eleição, é muito mais por causa do horário eleitoral. Ou seja: já existe financiamento público.
Reparem que o PT também é favorável ao voto em lista, mecanismo que procura cassar dos eleitores o direito de decidir em quem vão votar. É verdade que eles elegem muita gente que não presta. Mas que sejam eles a fazê-lo, não as cúpulas partidárias. Uma reforma decente aproxima o eleitor do eleito, não o contrário. E há finalmente a proposta para a plebiscitização da democracia, porteira aberta para a demagogia. A depender da regulamentação desse procedimento, a Constituição fica à mercê de grupos de assalto.
Pois bem: se as oposições estão esperando o Godot das reformas, seria prudente que, desde já, se entregassem ao debate. O que pensam a respeito de cada um desses temas? Mas nem isso fazem, limitando-se a esperar a proposta oficial, quando, então, prometem agir — ou, se quiserem, reagir, fazendo-se caudatária da agenda oficial. Desse mato, sai tucano, mas não sai coelho.