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Por voto evangélico, Dilma faz oração e cita a “Bíblia”

Por Felipe Frazão, na VEJA.com: Em busca de aproximação com o eleitorado evangélico, a presidente-candidata Dilma Rousseff visitou nesta sexta-feira a Assembleia de Deus do Brás, em São Paulo – braço da congregação de Madureira, à qual pertence o também candidato ao Planalto pastor Everaldo Pereira, do PSC. Dilma, que nunca se declarou religiosa, citou […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h19 - Publicado em 8 ago 2014, 16h32

Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
Em busca de aproximação com o eleitorado evangélico, a presidente-candidata Dilma Rousseff visitou nesta sexta-feira a Assembleia de Deus do Brás, em São Paulo – braço da congregação de Madureira, à qual pertence o também candidato ao Planalto pastor Everaldo Pereira, do PSC. Dilma, que nunca se declarou religiosa, citou até mesmo uma passagem da Bíblia nesta sexta: “O Estado brasileiro é um Estado laico, mas, citando um salmo de Davi, queria dizer que ‘feliz é a nação cujo Deus é o Senhor’”. E prosseguiu: “Reconheço a qualidade do trabalho prestado pela Assembleia de Deus ao longo de seus 103 anos, em todos os Estados, nos rincões e áreas mais isoladas deste país, e nas periferias. A ação social de vocês contribui para a inclusão. Nós temos em comum a dedicação àqueles que mais precisam.”

Na corrida eleitoral de 2010, Dilma enfrentou resistência entre o segmento evangélico em decorrência de controvérsias sobre sua posição em relação à legalização do aborto. Na ocasião, líderes da Assembleia de Deus e do PSC, como o próprio pastor Everaldo, atuaram em defesa da petista. Naquele ano, o PSC cogitara apoiar a coligação do candidato tucano José Serra à Presidência, mas optou por apoiar o PT, tendo recebido 4,75 milhões em doação da sigla, registrada na Justiça Eleitoral. Ao longo do mandato, porém, a presidente perdeu o apoio formal do PSC – e se distanciou ainda mais dos evangélicos. O maior ponto de desgaste foi o projeto de distribuição de material com conteúdo sobre orientação sexual em escolas, batizado de “kit-gay”. O material, atribuído ao ex-ministro da Educação e atual prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), foi vetado por Dilma após a reação dos religiosos. PT e PSC também trocaram rusgas durante a passagem do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pela presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Dilma foi convidada a discursar no Congresso Nacional de Mulheres da Assembleia de Deus Madureira, que reuniu fiéis de todo o país. O evento ocorreu na sede da Assembleia de Deus no Brás, centro da capital paulista, presidida pelo pastor Samuel Ferreira, filiado ao PSD de Gilberto Kassab, que apoia a presidente na corrida à reeleição. A presidente afirmou aos fiéis que seu governo foi o que “mais investiu na família brasileira” e nas “mulheres”. Fez também propaganda de programas de governo como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Pronatec. “Em 2010 me comprometi a valorizar a família brasileira e a buscar proporcionar a ela condições básicas de dignidade, esperança e de cultivo dos valores mais caros para aqueles que acreditam. Porque crer é algo importante.” E prosseguiu: “Acredito naqueles que creem. Acredito no poder da oração. Não se esqueçam de orar por mim. Todos os dirigentes deste país dependem do voto do povo e da graça de Deus”, disse Dilma, que concluiu: “Deus abençôe.”

Acompanharam a presidente o governador do Distrito Federal e candidato a reeleição, Agnelo Queiroz (PT), o deputado e candidato ao Senado Geraldo Magela (PT), além do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT). O deputado Jorge Tadeu (DEM) participou do ato como integrante da Assembleia de Deus Brás e o líder do PMDB, Eduardo Cunha, como representante da bancada evangélica na Câmara. Cunha, como de praxe, colocou a presidente em uma saia-justa.

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Samuel Ferreira promoveu uma homenagem a Dilma com a música evangélica Mulheres Guerreiras. A presidente assistiu à apresentação em pé, batendo palmas. Vestida de azul, Dilma também proferiu a oração do Pai Nosso com os religiosos. “Queremos que a senhora se sinta bem nessa casa e tenha paz. Diariamente cumprimos a Bíblia aqui e oramos pela senhora, para que Deus lhe dê sabedoria e firmeza – o que a senhora tem de sobra”, disse a ela o pastor. Na entrada da igreja, havia santinhos com a foto de Ferreira ao lado de candidatos evangélicos à Câmara Estadual de São Paulo pelo DEM, como o pastor Cezinha e Jorge Tadeu Mudalem. Há um mês o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, visitou a Assembleia de Deus Ministério do Belém. O tucano se reuniu com o pastor José Wellington de Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Dilma também circulou entre as religiosas, distribuiu beijos e tirou fotos. “Nunca vi um presidente reconhecer o trabalho da Assembleia de Deus. Nem o Lula, que é meu amigo. Estamos com a alma lavada”, disse o bispo Manoel Ferreira, presidente da Assembleia de Deus Ministério Madureira. “Eu hoje me senti gente – e reconhecido como ser humano que trabalha com dignidade nesse país, com a palavra de Deus”, disse o pastor Samuel. Ao fim do culto, o pastor Abner Ferreira, do Rio de Janeiro, fez uma oração por Dilma.

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