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Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Polícia corta água e luz de invasores no Paraná! Faz bem! Um jornal puxa o saco dos truculentos

“Gazeta do Povo” perde os parâmetros do Estado de Direito na sua luta cega contra o governo do Estado

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h26 - Publicado em 1 nov 2016, 16h45
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  • Quando acuso a imprensa de, na prática, promover a invasão de escolas, não cometo nenhum exagero. As esquerdas xexelentas só reclamam do jornalismo porque já aprenderam que, quanto mais atacam a chamada “mídia”, mais subserviente aos “movimentos” esta se mostra. Ou por outra: os comandos das redações tentam provar a sua isenção mandando bater nos adversários dos brucutus, e os brucutus viram filósofos em textos da militância vermelha infiltrada nas redações. Vejam o caso da Musa de Los Hermanos, a tal Ana Júlia. É a moça que acha que “já que a escola é nossa, a gente ocupa; e quem quer estudar que se submeta ao coletivo”.

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    Por que digo isso?

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    Leio, com estupefação, o seguinte título no jornal a “Gazeta do Povo”, do Paraná, cuja militância anti-Beto Richa vai além de uma questão editorial para virar uma cegueira moral e legal: “Sem mandado, governo fecha entrada e corta energia e água do Núcleo de Educação”.

    Como? Mandado?

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    Quer dizer, então, que os invasores já viraram agentes de direito? Se um grupo de descontentes com a linha editorial do jornal decidir invadir a redação, em vez de a direção do jornal chamar a polícia, vai fazer o quê? Apelar a um juiz? Se o doutor disser “não”, acontece o quê?

    Ah, mas antevejo qual seria a reação, não? “A liberdade de imprensa foi agredida!” Ou ainda: “Só existe democracia com imprensa livre”. E olhem que concordo com as duas frases. Por isso mesmo, convido o jornal não a assumir um lado nessa questão, mas a assumir a lei, o mesmo Estado de Direito que garante a liberdade de informar.

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    Invasores não são agentes de direito. O Núcleo de Educação não é uma área que esteja sendo disputada por posseiros. Trata-se de um bem público que foi tomado por meia dúzia de autoritários. Se a Polícia Militar lá entrar e arrancar todo mundo na unha, não estará cometendo ilegalidade nenhuma — usando a força que for necessária.

    Imaginar, agora, que toda invasão precisará da intermediação do Judiciário para ser resolvida corresponde a legitimar a força bruta e a jogar na lata de lixo as leis. Atenção! Abolir a propriedade pública não é diferente de abolir a propriedade privada. Insisto: se a sede da Gazeta for invadida, seus chefes chamarão ou não a polícia?

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    Faz muito bem o governo. Recomendei aqui ontem que assim se procedesse. E assim tem de ser em todos os prédios invadidos: que se cortem água, luz, telefone, tudo. Quem está fora não entra. Nem pra levar água e comida. Aliás, consta que a Polícia Militar está procedendo assim. É o correto. Que os invasores vivam lá de suas fantasias autoritárias. Essa é a alternativa à pancadaria e bomba.

    A própria reportagem informa que a OAB e o Conselho Tutelar estão à porta. Adivinhem se é para garantir o direito de milhares à educação. Que nada! São todos babás de invasores. Estão preocupados com a segurança dos fascistoides de esquerda que impõem a sua vontade na base do berro.

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    As invasões estão esmorecendo. A despeito do apoio da imprensa, que, reitero, até inventou uma musa das invasões, a supostamente apartidária Ana Júlia, filha de um militante petista, que esteve ontem no Congresso e posou ao lado de Gleisi Hoffmann, a enrolada senadora do PT do… Paraná.

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    Ah, sim: leio este outro mimo na Gazeta: “O movimento Ocupa Paraná, também conhecido como Primavera Estudantil, ocupou o prédio do NRE, que fica na rua Inácio Lustosa, horas após o início do cumprimento das ordens de reintegração de posse de 25 escolas de Curitiba”. Como? Quem chama esse espetáculo de truculência de “Primavera Estudantil”? A primavera dá flores à luz. O movimento no Estado, até agora, só rendeu truculência e um cadáver.

    A imprensa inventou a “Primavera Estudantil”. No mundo, os tontos inventaram a “Primavera Árabe”.

    A gente viu o inverno que se abateu sobre o Oriente Médio, né? A “primavera” como metáfora sempre deu em merda. Até quando a associação fazia sentido. Ou se tratava de uma usurpação picareta da palavra (no caso do Oriente Médio) ou de uma inocência cretina, como a Primavera de Praga.

    No fim das contas, essa gente toda, imprensa inclusive, precisa é estudar. A escola, submetida às regras da democracia e do Estado de Direito, pode ser uma boa ideia.

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