Polêmica 1 – Arnaldo Antunes: do concretinismo às áreas verdes
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Nelson Ascher escreve às segundas na Folha. No texto de hoje, comenta a sugestão de Rowan Williams, arcebispo de Canterbury, segundo quem a Inglaterra deve ser acomodar, de modo “construtivo”, a certos aspectos da sharia, a lei islâmica. No pé de seu artigo, responde a Antunes, numa nota intitulada “Pode vir quente”, conforme segue:
“Fiquei feliz ontem ao ver Arnaldo Antunes, que antes gostava apenas dos concretos, defendendo também as áreas verdes. Nunca é tarde para mudar de idéia e, falando nisso, em 2003, o roqueiro participou de um abaixo-assinado que, buscando condenar-me ao silêncio por crimes de pensamento, afirmava que era proibido, não proibir, mas discutir minhas opiniões. Levou cinco anos, mas, felizmente, agora ele admite que é melhor debatê-las que tentar censurá-las. Parece que até ajudei a convencê-lo de que o fundamentalismo islâmico é prejudicial à saúde e ao rock. Ótimo. Pena, porém, que, de resto, ele se limite a reciclar palavras de ordem esquerdistas, antiamericanas e ambientalistas, ou seja, clichês que, durante os cinco anos que levou para me responder, eu já examinei detalhadamente. Meus textos anteriores, que esclarecem todas suas dúvidas, podem ser lidos nos arquivos on-line da Folha. Quando alguém expõe um lado da questão, seu interlocutor, o outro, e o público, após compará-los, chega às próprias conclusões, surge o assim chamado mercado livre de idéias. Antunes acaba de ingressar nele e eu lhe dou minhas boas-vindas.”
Íntegra do artigo de Ascher aqui