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O Senado e a censura

Malcolm McDowell no papel de Alex DeLarge em Laranja Mecânica. Sua bebida preferida era leite. De Vaca. Segundo o Manual de Censura de Romão Chicabom, a que horas o Senado deve ir ao ar? E, mesmo assim, com tarja preta, certo? Lembro-me quando o filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, foi liberado no Brasil. Havia […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h21 - Publicado em 28 jun 2007, 20h07
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  • Malcolm McDowell no papel de Alex DeLarge em Laranja Mecânica. Sua bebida preferida era leite. De Vaca.
    Segundo o Manual de Censura de Romão Chicabom, a que horas o Senado deve ir ao ar? E, mesmo assim, com tarja preta, certo?

    Lembro-me quando o filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, foi liberado no Brasil. Havia uma cena de nudez frontal feminina. Se a memória não me falha, a moça, prestes a ser violentada, saía correndo pela sala. A censura permitiu o filme nos cinemas, mas com uma bola preta na área da genitália. A coitada da personagem fugindo da violência, e a bolinha preta correndo atrás. E pula pra cá e pula pra lá… A cena, dramática, tensa, virou um pastelão. Num dado momento, a bolinha errou o alvo, e pronto: todos vimos o púbis da moça. O cinema aplaudiu, galhofeiro. O filme é de 1971 e só foi liberado no Brasil, com as bolas, em 1978. Romão Chicabom tinha quatro anos e ainda devia mamar. Vocês sabem: a perereca ofendia a índole pacífica do nosso povo. Toda censura oficial é, naturalmente, ridícula.

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    Mas volto ao caso. Se, hoje em dia, fôssemos botar bolas pretas em cenas realmente pornográficas do Senado, não teríamos senão algumas nesgas de luz…

    O Brasil está cada vez menos próprio para consumo humano.

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