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O PSDB, Marina, Dilma e a neobabaquice

O presidenciável tucano Aécio Neves afirmou que, caso ele não se eleja presidente da República, o PSDB será oposição ao próximo governo. Está admitindo a derrota? Não. Está sendo realista. Aécio disputa a Presidência, mas também é presidente do PSDB, e só um lunático não admitiria que a situação é bastante difícil. Está anunciando uma postura […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h06 - Publicado em 10 set 2014, 18h53
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  • O presidenciável tucano Aécio Neves afirmou que, caso ele não se eleja presidente da República, o PSDB será oposição ao próximo governo. Está admitindo a derrota? Não. Está sendo realista. Aécio disputa a Presidência, mas também é presidente do PSDB, e só um lunático não admitiria que a situação é bastante difícil. Está anunciando uma postura intransigente? Não! Está sendo apenas lógico. Vamos ver.

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    Não sendo ele o presidente, será Dilma Rousseff ou Marina Silva. No primeiro caso, como é dado, as posições são inconciliáveis. Existe uma neobabaquice em curso, que expressa ódio à democracia, segundo a qual as posições inelutavelmente inconciliáveis entre PSDB e PT fariam mal ao país. Uma ova! No mundo inteiro, a democracia é bipartidária, pra começo de conversa, sem trânsfugas. Isso é papo furado, de um lado, de supostos ultraliberais — que confundem economia de mercado com economia de supermercado — e, de outro, da extrema esquerda sociopata. Não se trata de dois extremos que se encontram. Dois extremos nunca se encontram. Eles apenas existem fora da realidade, cada um a seu modo.

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    Juntar PSDB e PT como? Há dias, Dilma Rousseff afirmou que o Brasil, sob FHC, estava pior do que a Argentina sob Cristina Kirchner. Se o Deus do Velho Testamento fosse ainda tão rigoroso como soía, teria fulminado a governanta com um raio. Juntar PSDB e PT é sonho de quem acha que pode unir Israel com o Hamas, entenderam? Claro! Sempre há os delinquentes intelectuais que sonham pôr fim ao Hamas e… a Israel!

    E com Marina? Bem, a mulher anuncia que governará acima dos partidos e que legendas não terão a menor importância no seu governo. Logo… Segundo Walter Feldman em conversa com lojistas dos Jardins, no caso de vitória de Marina, o destino do PSDB é o fim. Diante disso, dizer o quê? Na conversa com os investidores do Bank of America, os “vocalizadores” de Marina repetiram a mesma cascata e acenaram até com um tal “Comitê de Busca dos Homens de Bem”. É um delírio sem par na história da República.

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    Logo, antes que Aécio anunciasse que o PSDB será oposição a um eventual governo Marina, Marina anunciou que o PSDB será oposição a seu eventual governo — desde, claro, que queira se comportar como partido. Na mesma reunião, Beto Albuquerque demonstrou a confiança de que a peessebista atrairia o baixo clero, que sempre pende para quem vence. Assim, sem a colaboração dos partidos, anunciam que farão a reforma política, tributária, fiscal e do Estado. Além, claro, de melhorar os serviços públicos, a saúde e a educação.

    Reitero: para que cheguemos ao Paraíso, só faltam a cobra e a maçã.

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