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O nanico Maranhão não consegue nem presidir a Câmara, mas já tem problema típico de bandido grande

Presidente interino da Casa tem sigilo bancário quebrado pelo Supremo, sob a suspeita de se meter em fraude com fundos públicos de previdência

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h22 - Publicado em 4 jul 2016, 05h54

E sigamos com o que parece ser uma sina, não é mesmo? Ter de tratar a política como se fosse uma delegacia de polícia. Waldir Maranhão (PP-MA), o presidente em exercício da Câmara, ainda não conseguiu ser reconhecido como tal por seus pares, mas já está com problema, vamos dizer, de bandido grande.

O ministro Marco Aurélio, do Supremo, determinou a quebra de seu sigilo bancário, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Causa: fortes indícios de seu envolvimento com uma máfia que frauda institutos de previdência de servidores.

Como se vê, nada tem a ver com petrolão. Estamos falando de crimes de outra natureza, de outros mafiosos.

Com funcionava o esquema? Segundo informa a Folha, os representantes da estrutura criminosa cooptavam prefeitos e gestores de fundos municipais de previdência e lhes vendiam títulos podres, sem valor, que dariam necessariamente prejuízo àqueles entes. Em troca, pagavam propina aos que aceitavam negociar com o esquema. Segundo as investigações, os desvios podem ter chegado a R$ 50 milhões.

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Essa investigação é um desdobramento da Operação Miqueias, deflagrada pela PF em 2013. Uma rede de empresas controladas pelo doleiro Fayed Antoine Traboulsi era usada para lavagem de dinheiro.

E Maranhão com isso? Num dos telefonemas interceptados pela PF, Fayed se refere ao deputado como o homem quer vai apresentar agentes públicos para fazer, digamos, negócios… Segundo reportagem publicada pela revista VEJA em maio, um dos delatores afirmou que o agora presidente interino da Câmara recebeu R$ 60 mil para fazer uma das intermediações.

Michel Saliba, advogado de Maranhão, diz que seu cliente é inocente, que nega ter recebido qualquer benefício indevido e que a quebra do sigilo é normal numa investigação dessa natureza. Segundo ele, isso servirá para mostrar a inocência do deputado.

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Há pouco, afirmei aqui que o tamanho do estado é a fonte primitiva de quase toda sem-vergonhice que existe no Brasil com dinheiro público. Alguém poderia objetar: “Veja aí, Reinaldo, isso nada tem a ver com estatal ou tamanho do estado. E, no entanto, se for verdade, eis uma clara ação criminosa…”.

Ocorre que tem a ver, sim. Se agentes públicos não estivessem metidos no sistema previdenciário, igualmente público, esse tipo de safadeza não aconteceria. Ou alguém tem notícia de fundo de previdência privado comprando papel podre e investindo em arapuca de forma deliberada? Isso só se dá com os fundos públicos e de estatais.

Pois é… O nanico Maranhão não consegue presidir uma sessão da Câmara, mas já está com problema típico de bandido grande. A Justiça vai dizer se ele é ou não.

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