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O ministro da Justiça está desocupado; precisamos arranjar um serviço pra ele. E eu faço isso!

José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça, precisa de uma ocupação. É visível que anda com a agenda vazia, sem ter com que fazer.  A VEJA desta semana, por exemplo, lhe propõe um trabalho: combater as milícias que se espalham país afora, como praga, destruindo as políticas de segurança pública, quando existem. Já chegaram às […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h54 - Publicado em 1 set 2011, 19h03

José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça, precisa de uma ocupação. É visível que anda com a agenda vazia, sem ter com que fazer.  A VEJA desta semana, por exemplo, lhe propõe um trabalho: combater as milícias que se espalham país afora, como praga, destruindo as políticas de segurança pública, quando existem. Já chegaram às comunidades indígenas, protegidas pela Funai, que está sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça. Não obstante… Leiam o que publica o G1. Volto em seguida:

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu nesta quinta-feira (1º) a esposa do líder dos sem-terra José Rainha, Diolinda Souza. Ambos conversaram sobre a prisão de Rainha, detido em São Paulo em junho por suspeitas de desviar verbas destinadas a assentamentos agrários. Ele cumpre prisão preventiva e nega participação no suposto esquema. “Vim trazer para o ministro essa preocupação. Ele disse que está acompanhando o caso, mas que não depende só dele”, contou Diolinda. “Agora vamos torcer e lutar pela soltura do José Rainha. A reunião com o ministro foi muito positiva.”

Quem também esteve presente na reunião foi o deputado Valmir Assunção (PT-BA), que tem interlocução com movimentos de sem-terra, e o chefe de gabinete do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. José Rainha foi preso em Presidente Prudente dentro da Operação Desfalque da Polícia Federal, que cumpriu, ao todo, dez mandados de prisão temporária, sete mandados de condução coercitiva e 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em São Paulo. É a segunda vez que é preso. Ele foi expulso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 2007, mas continuou comandando invasões de terras usando a bandeira do movimento.

Voltei
Começo, como sempre, colocando nos devidos termos a “expulsão” de José Rainha. Mais ou menos: o que o MST fez foi entregar aos seus cuidados o movimento em São Paulo. Ele pode não mais ser bem-visto pela direção nacional dos sem-terra, mas não existe diferença de propósitos. Tanto é assim que o deputado que acompanha a mulher de Rainha, Valmir Assunção (PT-BA), é sabidamente  ligado ao MST. Agora ao ponto central da questão de hoje.

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Rainha foi preso numa operação da Polícia Federal. Não é o seu primeiro problema com a lei que nada tem a ver com a “causa” em si. Já foi preso, por exemplo, portando armamento pesado. A Justiça Federal viu elementos para decretar a sua prisão preventiva.

O que o distingue de qualquer outro preso por desvio de verba pública numa operação da PF? Quantas mulheres ou maridos de pessoas pegas nessas operações o ministro da Justiça recebe? Por que Rainha merece essa deferência?

No fundo, há a velha consideração de que os crimes cometidos por este senhor têm raiz numa “questão social”; no fundo, está a suposição de que existe a lambança com bons propósitos. Este é o cerne moral do petismo, é bom lembrar. É por isso, por exemplo, que o PT se mobiliza agora para um desagravo a José Dirceu.

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