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O escândalo cada vez mais perto de Eduardo Campos

Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, vai depor na CPI mista na próxima quarta, dia 10. Ele tem muitas coisas a explicar, entre elas o fato de que morava num apartamento avaliado em R$ 7,5 milhões, que pertencia a uma offshore que, nitidamente, tem um laranja no Brasil (leia post). Mas há muito […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h07 - Publicado em 8 set 2014, 17h03
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  • Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, vai depor na CPI mista na próxima quarta, dia 10. Ele tem muitas coisas a explicar, entre elas o fato de que morava num apartamento avaliado em R$ 7,5 milhões, que pertencia a uma offshore que, nitidamente, tem um laranja no Brasil (leia post). Mas há muito mais.

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    Segundo depoimento prestado por Cerveró à Justiça Federal do Paraná, informa o Estadão, foi Paulo Roberto Costa quem indicou os membros da comissão de licitação da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, uma das obras com evidências escancaradas de superfaturamento. Não custa lembrar que, entre os beneficiários de propina, o engenheiro inclui justamente Eduardo Campos, que era, então, governador de Pernambuco.

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    A refinaria de Abreu e Lima, construída pela Petrobras, talvez seja um emblema da falta de limites da turma. Orçada inicialmente em US$ 2,5 bilhões, ela já custou, até agora, US$ 18 bilhões. Estima-se que o esquema a que pertenciam Costa e o doleiro Alberto Youssef tenha desviado, só nesse empreendimento, algo em torno de R$ 400 milhões.

    Há mais: segundo informa O Globo, “Costa concedeu vantagens financeiras, dilatou prazos e suprimiu compromissos assumidos por Pernambuco num acordo firmado diretamente com Campos”. Documentos obtidos pelo jornal revelam que Costa e Campos “assinaram um termo de adiantamento de tarifas da Petrobras ao Porto de Suape por conta do futuro uso do porto no transporte de produtos da refinaria Abreu e Lima, cuja inauguração está prevista para novembro”.

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    O jornal revela que “o termo foi assinado pelos dois em 18 de agosto de 2008 e cita repasses de R$ 475,7 milhões da estatal ao governo pernambucano. Pernambuco descumpriu um termo de compromisso assinado no ano anterior, o que levou a um aditivo validado por Costa e Campos. A transação começou a ser investigada pela Controladoria-Geral da União em junho deste ano. Até agora, a estatal já repassou R$ 783 milhões a título de antecipação de tarifas.”

    É impressionante como a Petrobras atuava — e talvez atue, vai saber — como se fosse mesmo um governo independente. A cada dia, fica mais claro por que o tal engenheiro preso havia arrolado Eduardo Campos como uma testemunha de defesa.

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    Para encerrar, é bom não esquecer: à Polícia Federal e ao Ministério Público, Costa afirmou que esteve várias vezes com Lula, dando a entender que o ex-presidente da República sempre soube o que se passava por lá.

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