No Podcast do Diogo: Ruy Castro, Hezbollah, Janine e o torresmo
Entra no ar daqui a pouco o novo Podcast do Diogo Mainardi, de que antecipo um trecho: “Uma menininha foi morta por uma bala perdida no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. Isso aconteceu durante um tiroteio entre traficantes e policiais. Os traficantes usam os moradores dos morros como escudos humanos. É o Hezbolah […]
“Uma menininha foi morta por uma bala perdida no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. Isso aconteceu durante um tiroteio entre traficantes e policiais. Os traficantes usam os moradores dos morros como escudos humanos. É o Hezbolah carioca. Aconselho os parentes da menininha baleada a procurar Ruy Castro. Um dia antes do crime, ele comemorou o fato de que o Rio de Janeiro ocupa um reconfortante centésimo sétimo lugar entre as cidades mais violentas do Brasil, bem atrás de Colniza, Juruena e Coronel Sapucai. Como um perfeito mensaleiro petista, Ruy Castro creditou a má imagem do Rio de Janeiro à imprensa. No fundo, é culpa da Veja. É sempre culpa da Veja.
Renato Janine Ribeiro é diferente de Ruy Castro. Em vez de comemorar o caráter bondoso dos cariocas com uma Coca-Cola light e um pratinho de torresmo no bar Jobi, ele preferiu defender a tortura e a pena de morte contra determinados tipos de criminosos. A idéia de Renato Janine Ribeiro gerou um debate rasteiro sobre como um intelectual deve se posicionar diante de um assassinato. Eu respondo: um intelectual deve se posicionar diante de um assassinato da mesma maneira que ele se posiciona diante de um pratinho de torresmo. É melhor pedir a conta e ir embora.”