MINHA COLUNA NA FOLHA: “Trabalhadores sem partido, uni-vos!”
Leiam trecho: Um amigo, Felipe Nogueira, me sugeriu o tema desta coluna. Há uma nova consciência se formando no país. Ela não sabe direito quais são os pressupostos do PT. Também não tem muito claros os fundamentos do PSDB. Uma coisa é certa: essa turma não é mais refém dessa dualidade que, a seu modo, […]
Leiam trecho:
Um amigo, Felipe Nogueira, me sugeriu o tema desta coluna. Há uma nova consciência se formando no país. Ela não sabe direito quais são os pressupostos do PT. Também não tem muito claros os fundamentos do PSDB. Uma coisa é certa: essa turma não é mais refém dessa dualidade que, a seu modo, só interessava aos litigantes, como em “Os Duelistas”, o excelente filme de estreia de Ridley Scott. As personagens de Harvey Keytel e Keith Carradine passam a vida tentando matar um ao outro. Até o dia em que o desequilíbrio acontece, e um deles morre.
Bem, e aí? Aí o filme acaba em melancolia. Não estou dando spoiler nenhum. Por óbvio, haveria a hora em que um dos dois cometeria um erro. Aconteceu. E o outro pôde experimentar, então, a verdadeira solidão.
Há um novo lugar na política brasileira que, até agora, não foi ocupado por ninguém. Os milhares, ou milhões, que saíram às ruas no dia 15 de março são órfãos de partido, são órfãos de representação, são órfãos de porta-vozes. A maioria conservadora do país –que excita o tédio e a fúria pretensamente elegantes e inequivocamente persecutórios da revista “Piauí”– não encontra seus representantes na política institucional.
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Os procuradores da velha ordem ainda insistem em ouvir no alarido dessa rua sem pedigree o sotaque daquela dualidade que interessava a oportunistas e picaretas. Acabou. Não há mais.
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E essa novidade não depende nem da adesão nem da bênção daqueles que se queriam os donatários da legitimidade das causas.
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Tucanos versus petistas? Que coisa velha, santo Deus! Também o PSDB terá de se reinventar, e haverá de ser à direita, se não quiser ser banido, junto com o PT, do universo de referências desses que ora despertam.
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