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Meu marido, meu tesouro: Petrobras tem 43 contratos com marido de ministeriável

Por Fernanda Odilla, na Folha. Volto em seguida: A empresa do marido de Maria das Graças Foster, nome forte para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff, multiplicou os contratos com a Petrobras a partir de 2007, ano em que a engenheira ganhou cargo de direção na estatal. Nos últimos três anos, a C.Foster, de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h37 - Publicado em 14 nov 2010, 06h27
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  • Por Fernanda Odilla, na Folha. Volto em seguida:

    A empresa do marido de Maria das Graças Foster, nome forte para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff, multiplicou os contratos com a Petrobras a partir de 2007, ano em que a engenheira ganhou cargo de direção na estatal. Nos últimos três anos, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da estatal. Entre 2005 e 2007, apenas um processo de compra (sem licitação) havia sido feito com a empresa do marido de Graça, segundo a Petrobras. A C.Foster, que já vendeu R$ 614 mil em equipamentos para a Petrobras, começou na década de 1980 com foco no setor de óleo e gás, área hoje sob a responsabilidade de Graça Foster.

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    Funcionária de carreira da Petrobras, Graça é cotada para um cargo no primeiro escalão do governo dilmista, como a presidência da Petrobras, a Casa Civil, a Secretaria-Geral da Presidência ou outro posto próximo da presidente eleita, de quem ganhou confiança. Foi por indicação de Dilma que Graça ganhou, a partir de 2003, posições de destaque no Ministério de Minas e Energia, Petroquisa e BR Distribuidora e, há três anos, assumiu a diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Antes de a C.Foster firmar esses 42 contratos com a Petrobras, a relação de Graça com a empresa do marido, Colin Vaughan Foster, já havia gerado mal-estar. Em 2004, uma denúncia contra a engenheira, relacionada ao suposto favorecimento à empresa do marido, foi encaminhada à Casa Civil.

    O então ministro José Dirceu pediu esclarecimentos ao Ministério de Minas e Energia, sob o comando de Dilma. A fonte da denúncia não é identificada nos documentos obtidos pela Folha. Na ocasião, foram listados dois contratos da C. Foster com a estatal: um de 1994, e outro, de 2000. Coube à própria Petrobras elaborar um ofício com explicações sobre duas investigações internas envolvendo Graça no período em que ela era gerente do Cenpes (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras).
    (…)
    O ofício diz que “não ficou caracterizada a existência de prática de crime ou improbidade administrativa”, mas enfatizava o temperamento difícil da engenheira. “Cumpre agregar que nas declarações prestadas, verificou-se que Maria das Graças era objeto de restrições por grande parte do pessoal de seu setor, dado principalmente, como veio externar a comissão, “o modo com que tratava seus subordinados’”, diz o ofício da Petrobras para a Casa Civil.
    Aqui

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    Comento
    Que diabo acontece com as mulheres fortes de Dilma? Todas elas têm de ter um marido que atua justamente na área em que a mulher é chefe? O casal, por acaso, tem algum filho chamado “Israel”?  É uma leitura muito particular do “poder feminino”, que, de fato, inverteu o chavão: “Por trás de uma grande mulher, há sempre um homem prestando serviços”.

    Mas que se louve o sentido clânico do petismo, né? A gente vê que toda a cadeia familiar gosta de se empregar num mesmo ramo. E sempre lidando com dinheiro público. Trata-se de um refinadíssimo senso de patriotismo.


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