Lucratividade da Petrobras cai 50% desde 03
Por Samantha Lima, na Folha: Maior empresa da América Latina e terceira empresa mais lucrativa em 2008 entre todas as petrolíferas das Américas, a Petrobras deu cada vez menos menos retorno para seus investidores nos últimos cinco anos, sob o impacto do câmbio e da política de não repassar as grandes variações no preço do […]
Por Samantha Lima, na Folha:
Maior empresa da América Latina e terceira empresa mais lucrativa em 2008 entre todas as petrolíferas das Américas, a Petrobras deu cada vez menos menos retorno para seus investidores nos últimos cinco anos, sob o impacto do câmbio e da política de não repassar as grandes variações no preço do petróleo aos combustíveis.
Levantamento feito pela consultoria Economática a pedido da Folha mostra que, em 2003, a Petrobras era a empresa do setor mais rentável das Américas para seus investidores, com índice de 45,96% (um ano antes, era 20,6%). Em 2008, caiu para a sexta posição, com índice de retorno de 22,86%.
No período analisado, a receita da Petrobras cresceu 177%, de US$ 33,1 bilhões para US$ 92 bilhões. O lucro, porém, avançou de forma menos intensa, de US$ 6,1 bilhões, para US$ 14,1 bilhões.
O indicador de rentabilidade observado, conhecido por investidores e especialistas em finanças como ROE (retorno sobre patrimônio em inglês), é a relação entre o lucro proporcionado por uma empresa em um ano e seu patrimônio líquido médio no período.
É um dos indicadores mais importantes para os investidores porque dá uma medida de quanto o capital investido está trazendo em lucro para quem aplicou na empresa.
Entre 2003 e 2008, a rentabilidade da Exxon saltou de 26,15% para 38,53%, tornando-se líder em rentabilidade no mundo. A Murphy Oil passou a ser a segunda (não aparecia no ranking das dez mais rentáveis em 2003), com 30,7%.
Chevron (com evolução de 21,3% para 29,2% na rentabilidade entre 2003 e 2008), Sunoco (de 21,1% para 28,9%) e Occidental Petrol (fora do ranking em 2003; 27,4% ano passado) figuraram, respectivamente, como terceira, quarta e quinta empresas em rentabilidade das Américas. Aqui